Aquele da perda do Jeon.

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 Seoul 05:40 a.m

Naquele amanhecer preguiçoso, toda a casa se encontrava rocando ainda, com suas atividades prevista para iniciar as oito. No quarto do Jeon, o celular tocava incansavelmente com toque 'tell me', o moreno se revira na cama. Seu sonho do nada teleporta para o menino no show do girl's grup wonder girls, ele pulava e cantava na companhia de seus amigos.
Revira pra' cá, revira pra' la, finalmente o som o fez despertar, pega seu telefone da escrivaninha ao lado da cama.

— Alô — tinha a voz rouca e ainda estava tentando raciocinar.

— Bom dia, falo com senhor Jeon Jungkook? — afirma preguiçoso.

Dali em diante do que ouvira despertou sentou-se para ver se entendia melhor a situação, era a recepção do Hospital Yeon Gun informando que sua família havia sofrido um acidente de carro. O coração do homem faltou sair pela boca, desligou a chamada e levantou-se rapidamente, mas parou imediatamente quando viu sua visão embaçar e sentir sua pressão caindo, voltou sua traseira para cama onde esperou por alguns minutos até o mal-estar passar.
No banheiro, despiu-se e não demorou para adentrar no chuveiro para um banho gelado e rápido. Descendo a escadaria ele avista Do-yoon, em soluços explica tudo que estava ocorrendo, antes de sair enfatiza com o manager sobre não contar nada ao resto do grupo.

[...]

Alguns faróis e trânsitos depois, Jeon chega no hospital. Dirigiu-se a recepção e passou por toda a burocracia até enfim ser levado para o andar onde os três estavam. Tomou um chá de cadeira por mais ou menos trinta minutos a enfermeira aparecer.

— Jeon Jungkook. — a voz da mulher o fez despertar dos mais profundos dos pensamentos.

— Como tá minha avó?

— Sua avó está gravemente ferida, dos três ela quem mais sentiu o impacto do acidente devido a ela estar no banco da frente e sem cinto.

— Velha, eu te falei mil vezes pra' por a merda do cinto — ele joga o cabelo para trás lentamente segurando os fios com certa força.

— O estado do senhor Jeon também é grave, ele entrou em coma.

Nem se deu ao trabalho de perguntar sobre a mulher que era obrigado a chamar de mãe, mas mesmo assim cumprindo seu serviço de forma excepcional a enfermeira o atualiza.

— Ela estava no banco de trás e de cinto, pequenos ferimentos e o braço esquerdo quebrado.

— Quando eu posso ver minha avó? — pergunta ignorando todas as informações que antes foi lhe dito.

Para sua infelicidade não poderia ver nenhum dos dois que estavam em estado mais severo, apenas podendo visitar a senhora Jeon no horário das nove.



Espreguiçando-se tentando afastar toda a preguiça que habitava em seu corpo, Jimin levanta e vê o horário em seu relógio apontando seis e dez am. Lava a cara no lavabo e escova os dentes. No andar debaixo especificamente na cozinha ele encontra o manager, tinha um copo de café envolvido em suas mãos e um olhar distante.

— Do-yoon? — a voz o desperta — Você ta bem?

— Jimin, não posso te contar — uma singela lágrima escorre naquele rosto pálido. Bebe um gole de seu café.

— O que ta acontecendo? — ele apoia as duas mãos na mesa, seu tom e sua expressão era serio.

— O jungkook pediu pra' não contar. — ele abaixa a caneca, mas ainda tinhas as duas mãos sobre o objeto.

— O que aconteceu com o Jungkook? — gradativamente sua voz aumentava.

— A família dele sofreu um acidente de carro — não resistiu a pressão.

Uma pequena discussão sobre o porquê do Jeon não deixar o manager contar para todos o que havia acontecido, mas logo jimin deixa aquilo pra' la. Foi para seu quarto, trocou de roupa, pegou sua carteira e chaves do carro. Voltou a cozinha perguntando o hospital e assim que obteve a resposta que queria ele se foi.



Entre faróis e provavelmente multas por excesso de velocidade, Park chega em Yeon Gun. Se direcionou ao segundo andar encontrando Jungkook de costa sentado em uma poltrona. Em passos apressados o loiro se aproxima, envolve o moreno em um abraço por trás.

— O que você ta fazendo aqui? — seu timbre não era alegre como Jimin imaginava e sim intimidador.

— Eu vim pra' te ver — ele se senta ao lado do mais novo — Apesar de tudo... — suspiro — Eu sou seu amigo.

Antes que Jeon pudesse argumentar a profissional da saúde aparece, o que preocupou os dois é que não era a enfermeira e sim a própria médica. No instante que a frase "Eu sinto muito!" acompanhada de uma curvatura corporal foi deferido, o mundo de Jungkook parou, tudo ao redor ficou lento, ouvia as batidas do seu próprio coração, apesar de gesticular nenhum som saia da boca de Jimin. Ele grita, o grito mais alto que poderá, o grito de doer a alma.
Jimin o segura fortemente em seus braços, nem quando Jeon se debateu em desespero o mais velho não o soltou, o mundo do moreno acabará de cair, mas Jimin o ergueria.

Parada cardiorrespiratória, foi o que levou a matriarca da família Jeon partir para outro plano. Perguntou se podia vê-la e mulher afirma. Park o guia até a sala, mantinha seus braços rígidos concentrando toda sua força já que o mais novo tremia muito, parecendo que a qualquer momento seus joelhos iriam ceder. Deu a entender que iria esperar ao lado de fora, mas só com aquele olhar marejado entendeu que sua presença lá dentro seria de extrema importância, e assim fez, entrou com o moreno dentro daquela sala.

A despedida foi longa, chorosa, emocionante, nem Jimin conseguiu conter as lágrimas. Jeon faz um carinho em seu rosto, uma gota de sua lagrima caem no rosto da falecida. Deu-lhe o último beijo na testa, após a enfermeira adentra no quarto informando que o tempo havia infelizmente acabado. Então foram para fora. A enfermeira comunicou que teria um moço da funerária esperando a decisão de Jungkook que seria ou enterrar, ou cremar. Depois de muito choro Jk optou por cremar, o moço assentiu e entregou a Jimin um cartão com o local onde iriam pegar o pote de cinzas da senhora Jeon. E lá estava o corpo da mulher da sua vida saindo daquela sala em uma maca coberta por um lençol branco. Jk não conseguia ver aquela cena, então park o abraçou profundamente tentando passar segurança.

— Vai ficar tudo bem! — um beijo é depositado na testa do menino frágil que estava aos prantos.

What is Love? (Jikook)Onde histórias criam vida. Descubra agora