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𝗗𝗔𝗬...

Hematomas sérios que dariam belas cicatrizes, traumas que levariam para a vida toda, um choro que a marcaria para sempre.

Lá fora, os corredores estavam apenas sujos de sangue, mais nada.

No pátio, alguns zumbis andavam grunhindo.
Na cozinha, a gordura das panelas caída no chão junto com água e bandejas sujas de comida.

Na entrada, milhões de cabeças robóticas vestiam um uniforme, andando para lá e para cá. Na rua, carros parados, acidentes, e mais sangue.

No bairro, pessoas sendo mortas, zumbis correndo, helicópteros passando. Em Hyosan, o caos.

Bombeiros não estavam mais lá. A polícia não estava mais lá. O exército? Nem sinal de vida.

Deviam ajudar corretamente, ajudar aqueles que ainda estavam vivos. Os alunos sem esperança, a população sem esperança.

A Coreia sem saber o que fazer, sem saber com quem contar, sem saber como ajudar. Sem informações, sem locais, sem nada.

Hyosan sem mantimentos, sem luz, sem pessoas, sem cor.

Dentro da escola, se via multidões de alunos mortos-vivos. Dentro dos corredores, um silêncio.

Dentro da sala, um choro quase inaudível, um choro de saudade, de alguém que Yuna tinha certeza que se foi. Mesmo a odiando, ainda era sua mãe.

A garota tinha quase certeza que ali ninguém a veria, que estava segura, mesmo diante a todos seus colegas de classe. No mesmo momento, se lembrou do acampamento, pensando onde viveria o mesmo sentimento novamente.

Com lágrimas sendo seguradas, apertando fortemente a bíblia, Yuna ficava vermelha, fungava fortemente tentando afastar seus pensamentos ruins.

Com receio de não fazer barulho, Yuna larga o livro no chão, colocando a mão na boca abraçando sua própria cabeça, tremendo e chateada, Yuna sabia que tinha que deixar seus colegas dormirem, e se os acordassem, seria um grande problema.

O que a menina menos queria era ser um problema, ser um problema para mais alguém a assustava, apenas pensando em como eles reagiriam, Yuna sente mais vontade de chorar.

Quase sem perceber, alguém acorda pelo barulho de algo sendo jogado no chão. Ainda sonolenta, Nam-ra esfrega seus olhos olhando em volta, percebendo Yuna, que estava trêmula e reclusa no chão na sala.

Nam-ra pensou que a garota apenas estava com frio, pensou em dar sua blusa para ela, mas Yuna já tinha uma então deu de ombros e tentou voltar a dormir, mas o som de um choro baixo a incomodou.

Abrindo seus olhos novamente e olhando em direção a garota, Nam-ra suspira pesadamente pensando no que dizer se Yuna a visse acordada, Namra sabia a exata reação da amiga se visse que ela tinha acordado por sua causa. Namra esfrega seus olhos novamente, agora, se aproxima com sua blusa nas suas mãos.

Em passos longos e silenciosos, Namra se senta ao lado de Yuna, esperando a mais nova a perceber ali. Não demorou muito tempo para a garota levantar sua cabeça e olhar para o lado, Namra a encarava com um semblante sério.

— Por que chora? - Namra fala calmamente, depois de um longo tempo a observando

Yuna balança com a cabeça, suspirando enquanto seca suas lágrimas.

— Eu não sei... Eu guardo isso a tanto tempo que nem sei mais o motivo. - A mais jovem segura sua saia com força, desviando o olhar.

A mais velha apenas acende positivamente com a cabeça, também desviando o olhar. Namra aperta suas mãos pensando como agir, ela olha para a menina que se recusava a fazer contato visual, e logo passa um braço por trás de seu pescoço trazendo Yuna para perto.

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⏰ Última atualização: May 27 ⏰

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