Chapter XII

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O calor opressivo dominava o recinto, os copos chocavam-se por conta das estocadas simuladas que eram grosseiras, as veias saltavam das mãos do Roronoa Zoro, cujo a esquerda puxava os fios loiros e a direita apertava o pescoço do menor, o trazendo para mais perto, unindo o peitoral nas costas curvadas. Cada gesto era marcado por uma ferocidade controlada, como se o espadachim estivesse à beira de uma explosão de desejo reprimido. O loiro estava extasiado, não conseguia nem mesmo descrever suas falas impensadas... Apenas, era demais para ele suportar.

As mãos do espadachim, ásperas e calejadas, exploravam o corpo de Sanji com uma intensidade quase predatória. Os dedos, firmemente entrelaçados nos fios loiros do loiro, puxavam-nos com uma mistura de rudeza e possessividade, enquanto a outra mão, poderosa e dominadora, pressionava o pescoço de Sanji, aproximando seus corpos em um abraço feroz. Os lábios entreabertos do menor emitiam sons incoerentes, palavras afogadas pelo turbilhão de sensações que o envolviam. Seu corpo ardia em resposta ao toque de Zoro, como se cada carícia fosse uma chama que devorava sua pele, deixando-o ansiando por mais.

Você autorizou... Mas não implorou. Peça, que eu farei você nunca esquecer desse momento. — O sussurro arrepiava todo o corpo trêmulo do jovem rapaz que apertava a extremidade da bancada, inerte ao prazer e todas aquelas sensações tão dominantes. Era como se estivesse dopado, desejando cada vez mais aquele contato, aquela proximidade, aquele calor, aquele homem.

Arregalando os olhos, foi como se um balde de água fria caísse sobre os ombros do camponês que recobrava sua real consciência. Ele havia autorizado o toque do Rei, permitindo que tal fizesse o que bem entendesse com seu corpo. Onde diabos estava com a cabeça?! Tinha seu orgulho a zelar e uma aposta em jogo, fora que não tinha feito nem uma semana após o ocorrido naquele precipício. Aquele homem carregava luxúria com seu toque, sempre mantendo um ar de dominância que causava tremor nas pernas de Black Leg. Como que tinha sido tão fácil se render? Derreter ao toque do Rei?!

Rangendo os dentes com uma determinação quase audível, Sanji sentiu cada músculo do seu corpo se contrair enquanto reunia toda a coragem que podia encontrar. Era como se estivesse tentando domar um leão selvagem, sua própria vontade lutando contra os instintos mais primordiais que clamavam por submissão. Com um esforço hercúleo, ele empurrou o grande corpo de Zoro para longe de si, como se estivesse afastando não apenas o homem, mas também todas as tentações e fraquezas que ele representava.

O ar parecia mais fino, cada respiração uma batalha contra a vertigem que ameaçava dominá-lo. Seu peito subia e descia em ritmo frenético, uma dança desordenada de emoções conflitantes que o deixava tonto e sem fôlego. A excitação, ardente como brasas incandescentes, queimava sua pele, fazendo-o sentir-se como se estivesse prestes a entrar em combustão. Cada centímetro de sua epiderme formigava com a promessa de prazer inebriante, uma promessa que ele lutava para resistir.

No entanto, havia algo reconfortante na maneira como o Roronoa permitia que ele se afastasse, como se reconhecesse a batalha interna que Sanji travava consigo mesmo. Apesar de sua força avassaladora, o espadachim escolheu conceder-lhe espaço, uma indulgência que era tanto um alívio quanto uma provocação. Aquela generosidade, aquele gesto de respeito, só servia para aumentar a determinação do loiro, alimentando a chama de sua própria resistência.

Mesmo diante da tentação quase insuportável que emanava de Zoro, Sanji jamais admitiria que era mais fraco. Ele se erguia como uma muralha de orgulho e dignidade, os olhos faiscando com uma obstinação feroz. Por mais poderoso que fosse o Rei, por mais irresistível que fosse sua atração, ele se recusava a ceder. Ele era o mestre de seu próprio destino, e não permitiria que ninguém o dominasse.

Eu Pertenço Ao ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora