Chapter VII

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AVISOS!ESSE CAPÍTULO APRESENTA: violência, sangue e gatilhos para pessoas sensíveis. Além disso, não pretendo escrever uma fanfic onde o amor muda as pessoas, mas sim como as pessoas podem interferir em nossas escolhas e até mesmo mudar nossos pensamentos, se a gente permitir. Por isso, esses dois serão bem babacas um com o outro até que aos poucos, se conheçam melhor. Espero que tenha ficado claro e que goste da fanfic, mesmo sabendo dissoestou ansiosa para desenvolver as personalidades destes personagens!obrigada por lere se puder, deixe um lindo comentario e estrelas!!


Os pés descalços tocavam rapidamente o chão gélido; o peito pulsava tão freneticamente que causava uma sensação dolorosa. Olhos dilatados e boca seca, não eram apenas esses traços marcantes no semblante do rapaz loiro que corria de volta para seus aposentos. Jamais deveria ter presenciado aquela cena. Com mãos trêmulas, ele se apressou em fechar a imensa porta. Sem uma chave para trancá-la, instintivamente empurrou a poltrona na qual o Rei outrora estava sentado, bloqueando a passagem. Respirando com dificuldade, seus olhos azuis ameaçavam derramar lágrimas, e seus dedos inquietos se emaranhavam nos fios loiros desalinhados. Sentindo o amargor no céu da boca, teve que se controlar.

Os gemidos eram masculinos, mas não eram de prazer nem de surpresa, eram de uma dor intensa. Observando furtivamente, ele testemunhou o homem ruivo, seu antigo criado, Jisoo, sentado em uma cadeira, com o rosto ensanguentado. Não foi possível determinar a origem da hemorragia, o que tornou o pobre rapaz irreconhecível com tantos danos no rosto. A espada de Roronoa Zoro estava desembainhada, pronta para atacar o criado.

No entanto, a ação assassina foi interrompida pelo som da vela que Sanji deixou cair devido ao nervosismo. Logo, o olhar sanguinário do Rei encontrou os olhos arregalados do loiro. Naquele momento, um arrepio frio percorreu seu corpo magro e trêmulo, sabendo que precisa fugir antes de ser o próximo. Tremendo, correu como nunca tinha feito e mal conseguiu formular o que tinha presenciado.

Era verdade, todos os rumores; o temor do povo, o sangue entre os dedos de Zoro. Hiperventilando e dando passos para trás, Sanji tropeçou em uma pilha de livros no chão, caindo e ficando ainda mais assustado. Podia ouvir, ou pelo menos pensava que podia ouvir os passos furiosos do homem esverdeado, a espada afiada sendo arrastada pelo chão e uma risada maligna. Aquilo só era reflexo do seu medo.

O que ele esperava? Que vivessem uma vida de realeza tranquila? Ou que os rumores intermináveis ​​estavam errados? O que revoltava o pobre camponês era perceber que sentia atração pelo maldito Rei que agora estava torturando seu criado. Porquê? O que aquele rapaz tinha feito para merecer isso?

Arregalando os olhos, logo lembrou-se de sua fuga. Desde então, Nami assumiu o lugar de Jisoo. A culpa era própria de Sanji, pelo menos era o que parecia. Seu antigo criado estava amarrado no porão da mansão, com sangue manchando seu corpo, e a culpa certamente recaiu sobre ele, por ter fugido e colocado Jisoo naquela posição. Os soluços inundaram o quarto e a garganta arranhada proferia gritos dolorosos, seu peito doía como nunca antes, encolhendo-se enquanto suas costas encontraram as cortinas da parede. Abraçando suas pernas, a cabeça afundou nos joelhos, zunidos enchiam seus ouvidos, seu corpo febril tremia com uma constante dor de cabeça latejante; e o choro não cessou até adormecer.

Zoro nunca mudou, Sanji é que esqueceu com quem, na verdade, estava lidando.

Observando a pintura no teto com os olhos inchados, o loiro mergulhou em diversos pensamentos. De alguma forma, acordou na macia cama de Roronoa. Não só isso, estava coberto por uma coberta quente. A criada Nami trouxe um velho curandeiro — que insistia em se autodenominar médico — até ele, que se sentia um pouco melhor. O anoso o obrigou a tomar um líquido roxo de um frasco antigo. Mesmo resistindo, experimentou o remédio, que tinha um gosto péssimo.

Eu Pertenço Ao ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora