Martin.
Tiro a bandoleira do ombro encostando o fuzil na parede manchada de sangue da salinha, Alanys parece que já nem tinha mais lágrimas pra chorar enquanto a Júlia tá me olhando com raiva e bufando parecendo um boi, papo reto.
Eu: Não tô entendendo o motivo que você tá com raiva não, pô, quem deveria ficar assim é eu e tu sabe disso. - Me agacho na sua frente apertando as correntes nas suas mãos. - Vai levar tua amiga junto.
Alanys me olha como se fosse falar alguma coisa e eu coloco o dedo na minha boca fazendo sinal de silêncio e ela concorda com a cabeça em desespero.
Eu: Sou contra fazer essas merda com mulher mas tu tá pedindo, Júlia, te dei carro, dinheiro e casa longe do meu morro porque não queria você aqui mais. Te dei a chance de você ficar viva e viver sua vida longe de mim, mas você insiste em voltar. Não te matei por respeito a sua família e por respeito ao que vivemos independente das merda que você fez.
Júlia: Eu já te falei que só vim curtir um baile na paz, como qualquer outra pessoa que estava lá. - Coloco seu cabelo ruivo atrás da orelha que tá cheia de brinco e me aproximo dela falando no seu ouvido.
Eu: E eu te falei que não queria você aqui caralho. - Me afasto vendo que ela tá mantendo a marra até demais, mas vai ser por pouco tempo.
Júlia: Se eu fosse curtir baile em morro inimigo você ia achar bom? Não ia né caralho, não fode, Martin.
Solto uma risada debochada pelo jeito que ela falou comigo e a mesma me olha com um certo medo no olhar assim que eu pego a pistola na cintura acertando seu pé, Júlia grita de dor e a Alanys de medo tentando tampar os olhos.
Eu: Continua que o próximo vai ser na sua cabeça e sua mãe vai receber você toda desfigurada, vai reconhecer só pela roupa e olha lá.
O choro incessante da Alanys soa alto pela salinha me incomodando fazendo eu me aproximar dela e pegar sua mão esquerda que tá cheia de anel, Alanys me olha com o rosto vermelho e um pouco inchado, ela tenta se desviar do meu toque na mão só que eu seguro firme.
Eu: Cadê a outra? - Pergunto com o tom de voz suave, sai de casa cheio de problema na mente afim de curtir nem que fosse um pouquinho mas sempre acontece uma merda. - A Tainara que subiu com vocês.
Alanys: Tainara só entrou com a gente mas não sabia da Júlia não.
Eu: Cadê a Tainara, Alanys. - Falo de novo apertando sua mão e ela fecha os olhos.
Júlia: Provavelmente já tá na casa dela, ela não podia ficar muito tempo por causa dos pais.
Olho a Júlia que tá com o pé sangrando e a marra intacta, me levanto pegando o fuzil que ficou encostado na parede e dou de costas para as duas saindo dali.
Dou de cara com os moleque tudo ali na frente e aponto com a cabeça pra dentro.
Eu: Se elas saírem dessa salinha vai sobrar pra vocês. - Coronel aparece do meu lado batendo de leve no meu ombro. - Quero três indo na casa da Tainara, festinha do trio não poderia faltar a moreninha. E eu quero os moleque que tava na barreira lá na minha sala ainda hoje ou eu vou matar sem querer saber a historinha do porque deixaram elas subir.
Passo a bandoleira pelas costas vendo os moleque tudo sai dali indo aos seus devidos lugares, Coronel vem andando comigo.
Coronel: Tava vendo a página de fofoca lá do Cantagalo e parece que GM mandou a mina pro hospital. - Me apoio na moto vendo ele tirar o celular do bolso desbloqueando o mesmo me mostrando o bagulho.
Cantagalofofoca_
Eitaaa, a nossa primeira dama deu entrada no postinho hoje às 10:32am, e segundo as pessoas que estavam lá esperando atendimento e até mesmo os médicos parece que a nossa Melzinha chegou lá desmaiada e sangrando no colo do GM 👀
Pra quem não sabe Merliah tá grávida, será que perdeu o nosso herdeiro? 👀
Esperamos que não. Mandem mensagens positivas para que o neném esteva bem 🙏🏻usuário do instagram Deveria morrer ela e esse bebê.
usuário do instagram Me impressiona essa mulher continuar com esse pedaço de merda.
usuário do instagram Como se fosse escolha delaFranzo as sobrancelhas depois de ler essa merda e os comentários das próprias mulheres julgando e desejando a morte da mina, entrego o celular o Coronel e pego um baseado no bolso da calça branca e acendo ele tragando a fumaça gostosinha.
Coronel: A mulher engravidou do GM, tem que ser muito maluca da cabeça mermo. - Seguro o baseado entre os dedos oferecendo pra ele que pega colocando na boca de uma vez.
Eu: Nesse baile que os dois vieram juntos, deu pra ver que ela só tá com ele porque ele bate nela, mas se ela ainda não fugiu dele. - Pego o baseado de volta mantendo ele entre os dedos. - É porque tá suave pra ela.
Coronel: E o GM vai deixar ela fugir assim né caralho, deve ter segurança até no cu daquela mulher vigiando ela.
Eu: Matar ele e salvar a mina, brincar de super herói. - Falo em tom de ironia e solto uma risadinha sendo acompanhado pelo Coronel.
Faço um toque com ele e subo na moto indo para minha casa que eu não piso desde ontem que sai pro baile.
Estaciono a GS 310 na porta de casa vendo os moleque ficar cada um em uma esquina fechando a rua fazendo minha segurança. Aceno a cabeça pro Deivinho que fica aqui na porta 24por48.
Eu: Pede alguém pra buscar o reizinho lá na boca do beco 7 e traz ele pra mim, sete minutos. - Falo com ele que concorda com a cabeça pegando o rádio e fazendo o que eu pedi.
Abro o portão marrom e entro dentro de casa subindo as escadas e abrindo a porta que dá logo na sala espaçosa com um sofá grande, um cercadinho cheio de brinquedos infantil e a televisão no painel.
Tiro o fuzil das costas colocando sofá, pego o celular do bolso colocando no painel da televisão junto com a chave da moto e vou pro quarto afim de tomar um banho.
Eu: Caralho. - Falo assim que abro a porta do quarto e vejo a Catarina lá dentro com a Melissa no colo que tá babando em um brinquedo de morder.
Catarina: Surpresa. - Grita fazendo a Melissa perceber minha presença e se agitar toda abrindo os bracinhos na minha direção, me aproximo dela e pego a mesma no colo dando um beijo na sua bochecha que tá toda melada de algum doce.
Eu: Tá fazendo o que aqui? Achei que ia vir só final do ano.Catarina: Consegui uma mini férias do trabalho e decidi vir ver meu irmão. - Fala ajeitando o cabelo castanho enquanto me olha com os olhos verdes arregalado.
Eu: E o feio do seu marido? - Melissa se joga pra trás rindo enquanto bate o mordedor no meu rosto e eu seguro firme suas costas cheirando ela, o cheirinho suave de bebê me deixava mais chapado que a maconha, papo reto.
Catarina: Não conseguiu folga, pra sua sorte. - Ela levanta da cama com uma toalhinha no ombro. - Amei que você não tirou o espaço de Melissa mesmo a gente vindo só uma vez no mês e olha lá.
Eu: Aquele macaco feio seu faz a festa lá dentro.
Catarina: Cadê ele hein? Tô com saudades dele, você me deu o bichinho sem documentação e agora ele não pode ir comigo.
Eu: Deve tá chegando aí pô. - Sento na cama com a neném no meu colo que me olha agora com o mordedor na boca, abro um sorriso olhando nos olhos dela. - Nem parece que é filha dos seus pais, toda bonitinha.
Melissa solta uma gargalhada como se entendesse o que eu acabei de falar. Ela se debate no meu colo querendo descer pra cama e eu coloco ela passando os braços ao seu redor com medo dela cair.
Catarina: Fala pro seu tio que você não é uma recém nascida mais não, Melissa, e que você já tá quase andando.
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Inseparáveis.
أدب الهواةAfinal, Depois da tempestade vem a calmaria ou uma tempestade pior? Luxo, dinheiro e "amor" qual adolescente que não teve presença dos pais não quer? Movida pela ganância hoje vive trancafiada Morro do Cantagalo, Rio de Janeiro