... IN THE MAFIA [𝒀𝑬𝑶𝑵𝑩𝑰𝑵]

A Festa.

Depois da confirmação do ruivo, foram até o carro do moreno, esse que até abriu a porta para que Yeonjun entrasse. Aquilo deixou o Choi mais baixo corado.

— Esqueci de avisar. — Enquanto dava a partida, Soobin pegou com uma mão, uma sacola que estava no banco de trás, sem tirar a visão da estrada. E jogando no colo do outro.

— O que é isso?

— É um número menor que o meu, acho que devem servir em você. — Deu uma pausa, quando sentiu os olhares de julgamento do dançarino.

— Qual o problema com a minha roupa?

— Você está parecendo um prostituto.

Soobin tentou segurar esse pensamento intrusivo, mas falhou drasticamente. Dizia isso enquanto segurava a risada, fazendo Yeonjun dar um tapa no seu ombro.

— Idiota, porque será né? — Disse com sarcasmo.

— Desculpa, foi mais forte do que eu. — Deu uma risada — Se veste, faltam apenas vinte minutos para chegarmos ao destino.

— Aqui!? — Perguntou em choque.

— Sim? — O mais alto levou uma das suas mãos na coxa do mais baixo, apertando o local — Não tem nada aí que eu já não tenha visto.

— Duas vezes idiota em um período de três minutos. — Tirou a mão do Choi moreno, fazendo o último citado rir mais. Achava engraçado o fato do mais baixo ser tão pavio curto.

— Calma, esquentadinho, nunca ouviu falar em "piadas"? — Fez aspas com a mão livre.

— Esquentadinho? Claro que já ouvi, meu irmão costuma dizer que sou engraçado.

— Não sei em que multiverso... — Sussurrou, mas o outro ouviu e deu um tapa na sua nuca — Ai!

— Não acha que tá muito perto não?

Os dois riram, o clima estava agradável, mas depois que passou, Yeonjun decidiu ser transparente.

— É que... — Pensava nas palavras certas —  Minha profissão exige isso, eu preciso criar um personagem, alguém mais sério, mais maduro, mais sensual... Alguém como o...

— Como o Dan? — Soobin deixou Yeonjun sem palavras, tendo um silêncio emitente por demorados segundos.

— É... — O ruivo parou de olhar pra frente, agora se virando para encarar o vidro ao seu lado — Alguém como o Dan...

— Tenho vontade de saber quando irá me contar seu nome verdadeiro.

— No dia em que cogumelos azuis existirem. — Soltou uma ironia.

— Mas eles existem! Só são raros.

— Justamente, tão raro que é impossível de se achar na rua. — Piscou um dos olhos, fazendo Soobin rir.

— Se um dia você encontrar, promete que vai me contar?

Yeonjun deu de ombros, sabia que não encontraria mesmo.

— Prometo.

Começou a mexer na sacola, se preparando para vestir as roupas pedidas.

(...)

Chegando na entrada, Yeonjun só reparou no quão a mansão era gigante e linda, algo completamente fora de tudo que já havia presenciado.

Já o Choi mais alto, como estava acostumado a viver na luxúria, não tirava os olhos do menor, percebia o quão ele estava gostando daquilo.