Os Quatro Amores.

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Chateado consigo mesmo, Soobin saiu andando até a sua mansão, precisava cansar, sentia que toda a energia negativa poderia sair do seu corpo junto com os suor e a dor física.

A verdade era que Soobin se culpava por tudo, ele não sabia amar, e isso era óbvio. Nunca conviveu com pessoas de um ciclo saudável, nunca sentiu nenhum dos quatro amores.

Os quatro amores é uma expressão popularizada pela obra de mesmo nome, de C. S Lewis em 1960, na Irlanda. Lewis explica as formas do amor mais básico e simples até os mais complicados e supostamente impossíveis, que, por incrível que pareça, podem existir semelhanças. Um grande lema do livro é o tópico; “o mais elevado não fica sem o mais baixo”
Assim, dividindo o amor em quatro categorias, baseadas nas quatro palavras gregas para o amor: Storge, Philia, Eros e Ágape. Entre eles temos;
• Amor fraternal - Storge.
• Amizade - Philia.
• Amor romântico - Eros.
• Amor incondicional - Ágape.

Quatro tipos de amores, e Soobin se sentia frustrado por não ser digno de nenhum, e ele sabia que não era.

Mas, queria ser.

— Steve? O que está fazendo? Cadê seu carro?

Quando se deu conta, já tinha chegado na rua de casa, e Huening apareceu confuso, provavelmente o enxergou pela janela do andar de cima alguns minutos antes.

— Eu fiz merda, Kai.

Parou de andar e respirou pesadamente, deixando o loiro preocupado, o último citado foi até ele e segurou em seus ombros.

— Como assim? O que você fez?

Silêncio.

Soobin encarava um ponto fixo, se recusando a olhar para o mais novo.

— Steve? Soobin? Fala alguma coisa! — Empurrou com delicadeza os ombros do mafioso.

E como resposta, o moreno fechou os olhos e começou a deixar algumas lágrimas caírem de seu rosto.

— Eu sou um monstro, Kai, eu não posso amar ninguém e nem consigo, ele me transformou nisso e agora eu não consigo sair!

Como resposta, o loiro levou a cabeça do moreno na curvatura de seu pescoço, permitindo que Soobin soltasse mais algumas lágrimas involuntárias. Huening estava em choque, nunca havia visto o maior chorar, muito menos daquele jeito.

— Vem, vamos pra dentro. — O estrangeiro incentivou o coreano a saírem da rua, esse que assim fez.

(...)

— Ele te machucou? — Yeonjun havia entrado no hotel, percebendo Beomgyu sentado em um dos sofás e Taehyun no telefone sem fio, tentando constatar alguém.

— Um pouco, mas eu ainda vou devolver. — Ele riu segurando um gelo no seu olho.

— Não vai não, imbecil. — O Kang gritou, afastando o telefone — E esse cara não atende, Beomgyu, não adianta.

— O Hyunjin? — O ruivo questionou, se sentando ao lado do de cabelos longos.

— É, eu preciso contar pra ele que o Soobin nos achou, urgente. — Se negava a olhar para alguém, bem na verdade, o Choi parecia até que nervoso.

— Bem, eu não sei como. — Taehyun disse, afinal já havia ligado mais de cinco vezes.

— Eu sei. — Se levantou e pegou o celular do bolso — Se me permitem, com licença.

... IN THE MAFIA [𝒀𝑬𝑶𝑵𝑩𝑰𝑵]Onde histórias criam vida. Descubra agora