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Ainda estava amanhecendo quando Alby foi acordar Thomas, pedindo para que ele o seguisse. Agora que ele tinha se lembrado de seu nome, deveria fazer o mesmo que os outros.

— é pacífico, não é? — Alby disse enquanto andavam, aproveitando a tranquilidade da manhã. — sei que é difícil acreditar, mas nem sempre foi assim. Houve dias sombrios.

Thomas apenas o seguia em silêncio, ainda se recuperando do sonho estranho que teve.

— garotos morreram de medo, de pânico... — eles pararam do outro lado da clareira, olhando pro espaço aberto. — Evoluímos muito. Estabelecemos ordem e conseguimos paz.

— tá, mas por que tá me contando isso?

— porque você não é como os outros — Alby respondeu sério. — é curioso. Mas é um de nós agora. Precisa saber o que significa — Alby colocou a adaga na mão dele e apontou pro muro atrás deles.

Nomes. Vários e vários nomes, entalhados na pedra. Alguns com riscos horizontais de fora a fora.

— o que houve com eles? — Thomas perguntou receoso.

— como eu disse, dias sombrios, Thomas — Alby respondeu.

Thomas decidiu apenas aceitar aquela resposta, talvez fosse melhor nem ouvir as histórias dos dias sombrios, não queria ficar mais assustado. Ele se aproximou do muro e arrumou a adaga em sua mão, começando a entalhar seu próprio nome, perto de um que o chamou a atenção.

Clary.

Depois Alby apresentou todos os lugares pra Thomas, então voltaram pro centro da clareira, indo até a cozinha pra um café da manhã simples, Thomas viu a loira. Ela estava ao lado de Newt, conversando sobre alguma coisa com um sorriso nos lábios.

Observar a cena causou um calor no peito de Thomas, algo que ele não entendia, mas o confortava.

Ele se sentou ao lado de Chuck, ouvindo o garoto falar sobre os testes de trabalho que ele faria naquela semana.

— ouvi Newt dizendo que Clary não durou 30 minutos no matadouro — o mais novo tentou, inutilmente, falar mais baixo, mas Clary se virou na direção deles.

— eu ouvi — ela disse e o mais novo riu. — e você chorou assim que entramos lá.

— não chorei não — ele se ofendeu.

— você chorou, chorou que nem uma garotinha — Gally zombou e Chuck sentiu as bochechas quentes.

— Gally — Clary o repreendeu e ele revirou os olhos.

Ao fim do café da manhã, Newt chamou por Thomas.

— você vem comigo. Nós vamos pros jardins — Newt disse.

— tenho outra opção?

— não, eu que mando — o loiro sorriu em desdém e o puxou pra andar.

Eles foram até o jardim, parando no gazebo improvisado que mal parava em pé, feito de galhos finos amarrados com cordas e trepadeiras. As trepadeiras frutíferas subindo e se enrolando nos galhos. Newt entregou uma pá pra Thomas, o mandando fazer alguns buracos pequenos pra plantarem os vegetais que receberam no dia anterior. Obviamente, a última coisa que Thomas queria fazer era cavar buracos, sua mente ansiosa não descansava por um único minuto.

— já tentaram escalar até o topo? — ele perguntou e olhou pra Newt do outro lado.

— tentamos, a hera não vai até lá em cima— o loiro respondeu enquanto amarrava os galhos das trepadeiras com fiapos de corda. — e uma vez lá, pra onde iríamos?

BEACH, Thomas - Maze RunnerOnde histórias criam vida. Descubra agora