01.

2.1K 135 93
                                    

Era começo de semana, ou seja, tudo voltaria ao normal de novo. Era um loop, a rotina terminava e começava como um jogo de vídeo game. Eu estou cansada disso, sinto que preciso de um tempo para respirar, tirar de mim todo esse peso. Minha vida seria mais fácil se ela parece de ocupar quase todo o espaço da minha mente.

Eu quero ser alguém novo, orgulhar minha família, conquistar metas e cumprir a promessas que fiz para o meu pai. Sim, meu falecido pai, Murrey Sinclair.

Moro, com minha mãe e meu irmão mais velho Josh.

- Bom dia pequena - disse minha mãe. Como de costume, ela estava acordada a horas, não lembro da última vez que a vi dormir de fato, ela era enfermeira e sempre estava de plantão, faz um tempo que não temos um momento família.

- Bom dia mãe - respondi e me sentei a mesa. Enquanto a observava colocar panquecas no meu prato senti um beijo no topo da minha cabeça e ouvi a voz do meu irmão.

- Bom dia família - Eu e Josh mais discordavamos do que concordavamos, porém tínhamos um relacionamento saudável entre irmãos, o que eu agradeço. Ele melhorou mais ainda depois que nosso pai, bem, vocês já sabem.

Havíamos tido um bom papo de começo de manhã, eu tinha consulta com minha psicóloga hoje a tarde, mas primeiro tinha que ir a prisão, mais conhecida como escola.

Eu era estudante do ensino médio, estava quase terminado o terceiro ano então imaginem como está minha cabeça no momento. Dentro do carro da minha mãe observo a mesma paisagem de sempre passar lá fora, enquanto penso sobre como melhorar como pessoa e como ser alguem de quem eu possa me orgulhar. Meus pensamentos são atrapalhados quando percebo que cheguei ao meu destino, e é hora de deixar minha mãe ir para o trabalho.

- Até mais tarde querida - Diz mandando um beijo no ar.

- Até mais mãe.

Sorri gentilmente para ela e sai do carro. Logo de cara observo aquela multidão do caralho, um bando de malucos da minha idade que estão pouco se fudendo uns para com os outros, não posso deixar de dizer que alguns professores também são iguais aos alunos nesse quesito.

- Aí!

Sinto alguém se chocando contra o meu ombro enquanto andava pelos corredores da escola e observo logo quem é. Amber, namorada da Wednesday, que a propósito é a garota que mais me irrita na face da terra.

- Olha por onde anda, garota.

Vai se foder Amber, chata do caralho. Poderia ter dito isso, mas sou boa demais para me importar com alguém como ela.

Apenas pego minhas coisa e faço menção em sair. Mas a desgraçada segura meu braço fazendo com que eu pare no mesmo lugar.

- Ei, ei, ei, não vai se desculpar?

- Pode me dizer por que eu deveria?

- Porque você não olha por onde anda.

- Amber, eu não tô no meu melhor dia, então com licença.

- Você nunca tá né, não desde quando o papai foi com Deus - Fala em um tom de deboche.

Nessa hora eu realmente não me segurei, me virei para ela e deixei transparecer no meu rosto todo ódio que eu sentia naquele momento. Minha psicóloga diz pra eu ficar calma, deixar minhas emoções saírem na minha arte. Não na violência.

Então lembrando disso, e dos concelhos da minha mãe, apenas ignorei e saí dali o mais rápido possível, ouvindo por onde passava que eu era uma covarde. Melhor assim, nada que a mais pura verdade.

Entrei na minha sala de aula e sentei no mesmo lugar de sempre. Ultima carteira do canto esquerdo, do lado da janela, para poder observar as coisas la fora. Sentada lá eu sempre via quando os alunos chegavam, as vezes via alguns tropeçando o que me tirava alguma risada.

𝐕𝐈𝐃𝐄𝐎 𝐆𝐀𝐌𝐄𝐒 | 𝐰𝐞𝐧𝐜𝐥𝐚𝐢𝐫. Onde histórias criam vida. Descubra agora