12.Epílogo

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Hey benhês trouxe um epílogo, já que pediram capítulo extra. Muito obrigada pelo carinho com a fic e espero que continuem me acompanhando por aqui

 Muito obrigada pelo carinho com a fic e espero que continuem me acompanhando por aqui ♡

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A Senhora e a família Huang

Você gritava tão alto que as criaturas ao redor haviam se escondido.

— Empurra, Sn! — A voz de Hera parecia ecoar em sua cabeça enquanto agarrava as cortinas de seda que desciam pelo dossel da cama.

— IRMÃ, TIRA LOGO ESSE BEBÊ DAÍ! AAHH...! — você gritou, e Grisha limpou sua testa.

— Pare de gritar e chorar, concentre suas forças em apenas empurrar, tudo bem? — Hera te olhou calmamente enquanto Grisha te acalmava. Do outro lado da porta, Qin já havia ameaçado invadir. Perséfone ficou fazendo sala para ele junto a Hades, e Poseidon mantinha um olhar assassino para o seu marido.

Nunca o perdoaria por ter encostado em você, feito você sofrer e, acima de tudo, por lhe dar o sobrenome dele.

Voltando para o quarto, você suava descontroladamente. Parecia que toda a sua energia estava concentrada na sua barriga.

— Sn, você precisa se acalmar — Hera afirmou.

— Eu só aproveitei cem anos da minha lua de mel. Juro que, se Qin me pedir outros filhos, eu vou mandar ele parir! — A voz densa desgrudando as costas da cama.

— Sn, você é uma deusa, mantenha o foco! — Hera chamou a atenção. — Agora, empurra! — E mais uma vez você se esforçou. Estava quase desistindo quando Dália apareceu, segurando sua outra mão, já que Qin teve de sair por ter sido expulso por você, que estava fulminando de ódio dele por te engravidar.

Obviamente, você concordou, só estava passando pelo processo de odiar o parto.

— Já está coroando! Empurra mais um pouco — Hera comentou. E, apesar de não ter mais forças, você fez como pedido. Seu corpo parecia querer expulsar a todo custo e, com muita força, começou a sentir o alívio percorrer cada parte do seu ser. Enquanto isso, do lado de fora, Qin estava prestes a ter um treco por não conseguir vê-la, e Poseidon continuava sendo contido por Hades.

Já não bastava ter comido a irmã dele, ainda tinha que tê-la engravidado? A vontade do deus era de passar o tridente no pescoço do rei, e, apesar disso tudo, sabia que você ficaria muito triste se matassem seu marido.

O choro do bebê preencheu a sala, e seus irmãos, assim como o rei dos humanos, ficaram encarando a porta. Quando foi aberta, todos ficaram de pé. A primeira a sair foi Dália, que secou a testa com as mangas do vestido. Ela estava cansada por acelerar o parto de Sn, então simplesmente sorriu e foi até o lorde da gula, e assim foram para casa. Depois, Grisha, que ficou encarregada de conter Poseidon, enquanto Qin entrava na sala, e Hera sorria segurando uma das crianças.

Veja bem, o parto demorou mais do que o esperado, primeiro por ser o seu primeiro e depois por serem dois bebês. A menininha dormia no colo da deusa, que a entregou a ele.

— Meus parabéns. Espero que em breve me deem mais sobrinhos. — E assim se aproximou da porta, deixando o casal sozinho.

Qin segurou a filha nos braços e sorriu, percebendo que, apesar de tão pequenininha e estar dormindo, ela parecia completamente com a mãe. Já o menino não largava o seio.

O rei se curvou, deixando um beijo no topo dos seus cabelos.

— Nós não teremos mais filhos, Qin, entendeu? — Foi tudo o que você disse, levando-o a rir levemente antes de beijar seus lábios em um selar casto e se sentar ao seu lado.

— Como você desejar, minha deusa. — Ele não precisou dizer mais nada; bastou que te olhasse daquela forma extremamente apaixonada para que você compreendesse os pensamentos que perduravam em sua mente, pois se sentia da mesma forma.

Um sentimento de plenitude e amor mútuo que nunca seria esquecido ou sequer superado entre milênios.


[...]


As crianças corriam pelo castelo, brincando com a avó, enquanto você tentava conter a vontade de rir. Perséfone havia ido te visitar e te encarava solenemente. A rainha do submundo estava tendo que lidar com um marido que insistia em mais filhos, enquanto babava nos sobrinhos e nos próprios filhos. E por falar em irmão...

Poseidon, que no começo queria matar o jovem rei, agora estava intolerante, afirmando para todos que, se encostassem um dedo em seus sobrinhos, ele afogaria a todos em um dilúvio de quarenta dias.

Qin só sabia sorrir e te olhar de maneira apaixonada toda vez que pensava na mulher que estava ao lado dele e em como ele queria estar sempre ali, te fazendo feliz. E você, minha bela Sn, se sentia completa. Apesar da família complicada, das inúmeras reuniões para decidir quem seriam os padrinhos e das lutas entre seus irmãos para decidir onde as crianças passariam o fim de semana, você sabia que esse era o jeito deles de demonstrar que se importavam com você e, acima de tudo, uma forma de até mesmo se desculparem por terem agido de maneira nada saudável durante toda a sua vida.

Em relação a esse sentimento, ele sempre te deixava extasiada, pois nunca pensou que conseguiria conviver com todas as divergências e diferenças entre deuses, semideuses e humanos. Agora, no entanto, se assemelhavam a uma grande e louca família.

Seu marido se aproximou e sorriu lindamente para você, que apenas deixou um beijo na bochecha de Perséfone antes de se afastar e ir de encontro a ele.

— Pelo visto, meu rei não aguentou ficar tão distante. — Ele alisou sua mão antes de beijar o dorso e deslizar os dedos por sua cintura.

— Nossa casa tem estado tão cheia que é impossível termos um momento a sós. — Ele afirmou. — E eu tenho adorado essa sensação.

— De casa cheia? — Você questionou.

— Apenas de conforto familiar. Proporcionar isso para os nossos filhos é sem igual. — Ele afirmou, e você roubou um selinho dele. Ambos haviam conversado sobre o passado há muito tempo, então o entendia plenamente. Mesmo assim, sorriu de maneira divertida antes de olhá-lo mais uma vez e pedir para que lhe desse a mão.

— Acho que está na hora de darmos uma escapada, belo rei. — Você piscou de maneira divertida, e ele sorriu mais uma vez. Sabia que, pelo seu olhar, passariam a noite toda em algum lugar da Terra e simplesmente não poderia reclamar a respeito disso, não quando a intenção era ter você só para si.



Estrela Desmond | Qin Shi Huang (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora