𝐂𝐚𝐬𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨.

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O garoto da mídia é o Malakai gnt 🤪🙌




𝗠𝗔𝗡𝗗𝗬 𝗚𝗔𝗟𝗟𝗔𝗚𝗛𝗘𝗥





Cruzo os braços esperando eu ser selecionada na queimada, o único "esporte" em que eu sou muito boa.

Ando até o meu time e ajusto o short no meu corpo, abaixando mais para que não ficasse tão marcado.
Minha blusa era azul e possuía o número dezesseis.

Logo depois de mim Verônica foi escolhida para o mesmo time que eu. Que mal gosto.

— Time azul do lado esquerdo, verde do direto — O professor avisa.

Um garoto do time oposto vence no impa par e arremessa a bola na direção de uma menina baixinha, que facilmente é queimada.

Aperto mais meu rabo de cavalo e me preparo para receber a bola que a garota envia.

O maldito asiático é mais rápido e alcança a bola antes de mim e não demora para tentar me acertar, porém eu me abaixo e desvio.

A partida dura por quinze minutos antes que sobre apenas eu, Verônica e mais uma garota do time oposto. Eu já havia matado dois, teria matado a outra menina se a Verônica não estivesse colada em mim igual carrapato.

Uma sequência em câmera lenta começa no instante em que Su-ho lança a bola do campo dos mortos, eu pulo para tentar alcançar, mas quando meus dedos triscam no objeto, algo bruto me empurra.

Um grito estridente ecoa por meus lábios e no mesmo instante o jogo encerra com um apito.

— Verônica pra diretoria! — O técnico manda, pelo menos alguém viu que não foi por acaso.

Mas que desgraçada!

Encaro minha perna direita com medo, ela estava torta. Minha raiva sobe quando eu sinto Su-ho me pegar no colo, por que justo ele?!

Que maldição do destino, eu só caio!

Os braços firmes do asiático circulam o meu corpo enquanto ele corre desesperadamente até a enfermaria. Sua respiração estava ofegante, quase mais alto do que os meus gemidos de dor, a essa altura do campeonato eu já chorava sem me esconder.

— Porra não tem ninguém nessa merda de lugar?! — Ele reclama de forma alterada. Estávamos sozinhos na enfermaria.

— Eu vou ligar pra uma ambulância — O técnico chega e afirma — Coloca ela ali — Ele aponta para a cama branca vazia.

— Foda-se

Su-ho por algum motivo o ignora e começa a correr para fora do colégio, para onde diabos esse maluco está me levando?

— Tá doendo muito?

— Não, eu estou chorando de alegria

— Tá... Tá tudo bem! — Ele me coloca no banco do carona do carro dele e põe o meu cinto — Normalmente as ambulâncias demoram dez a quinze minutos pra chegarem, então eu te levo lá agora e nós chegamos a... — O interrompo.

— PORRA SÓ ME TIRA LOGO DAQUI! — Grito.

Meu tornozelo doía tanto que parecia que nunca mais voltaria ao normal de novo.

— Calma... Coloca isso em cima — Ele abre o porta malas e tira uma cerveja gelada lá de dentro.

Não consigo contar o tempo em que levamos para chegar no hospital, tudo que eu lembro é de que pelo menos fomos rápidos.

Su-ho me segura de novo, me aconchego nele tentando prestar atenção no seu cheiro ao invés da dor, mas não consigo. Ignoro as vozes ao meu redor e foco nas veias marcadas dele, eram tão chamativas, eu nunca tinha reparado nisso antes.

𝐓𝐮𝐝𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐮 𝐨𝐝𝐞𝐢𝐨 (𝓪𝓶𝓸) 𝐞𝐦 𝐯𝐨𝐜𝐞̂.Onde histórias criam vida. Descubra agora