𝐓𝐮𝐝𝐨 𝐪𝐮𝐞 𝐞𝐮 𝐨𝐝𝐞𝐢𝐨 (𝓪𝓶𝓸) 𝐞𝐦 𝐯𝐨𝐜𝐞̂.

𝐁𝐞𝐢𝐣𝐨𝐬.

𝗠𝗔𝗡𝗗𝗬 𝗚𝗔𝗟𝗟𝗔𝗚𝗛𝗘𝗥

Me afasto do Su-ho e sento na cama enquanto passo a mão pelo meu cabelo. Aquela situação era inacreditável.

E pela primeira vez na vida Su-ho aparentava não estar mentindo.

Coço minha cabeça em nervosismo, tudo o que aconteceu foi por culpa dela. Aquela maldita.

O silêncio habitava no cômodo, trazendo tensão tanto para mim quanto para ele. Eu não sei o que fazer, não sei sequer se devo "perdoa-lo" por isso, por que ele simplesmente não me contou?!

— Eu preciso que você diga alguma coisa — O asiático se aproxima de mim, ficando de joelhos na minha frente enquanto segura minha mão — Qualquer coisa

— Eu... Eu estou com medo — Encaro seus olhos, que também pareciam estar assustados — E se você for preso? Ela... Eu acho que ela conseguiria te incriminar, o marido dela não é policial?

— É

— Porra — Ele estava muito perto, eu conseguia sentir sua respiração — O que você vai fazer?

— Eu não sei

Mordo meus lábios refletindo sobre tudo.
Eu já me decidi.

— Enrola ela — Eu sugiro — Tudo o que você precisa é descobrir algum segredo que possa usar contra ela, implantar drogas no carro dela sei lá

O asiático engole em seco, o suor ainda escorria por seu pescoço devido às nossas ações anteriores... Me fazendo lembrar de tudo e ficar minimamente constrangida, mas evito demonstrar.

— Você tem que ser firme. Não pode viver sendo manipulado a vida inteira, a não ser que você pretenda se casar com ela — Brinco apenas para ver a reação dele, que se empalidece e franze as sobrancelhas assustado.

— Nem no meu pior pesadelo — Sua voz era rouca.

Ele senta no chão e abraça suas pernas, deixando as veias do braço bem marcadas, com cada traço bem acentuado...

Desvio o olhar quando ele percebe que eu estava encarando seu corpo. O maldito sorri fraco e me manda uma piscadela.

— Eu te devo muitas desculpas — Ele admite e eu reviro os olhos.

— Isso é verdade, pode começar com o discurso — Brinco.

— Ah você quer um discurso? Tudo bem, vou fazer uma pequena retrospectiva então

Sorrio fraco e Su-ho levanta do chão e deita na minha cama como se já fosse íntimo do lugar. Ele segura meu braço e de repente me puxa para deitar com ele. Su-ho abraça minha cintura e eu hesitantemente retribuo a carícia pondo minha mão em cima do peito dele.

Que a propósito era bem liso.

— Aniversário da Lizy...

— Ah você quer voltar no tempo? Então comece explicando o porquê me beijou

— Calma sua precoce eu já estava chegando lá