04 | Curiosidade penada

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Oi, oi, incomunzetes!!! Como vocês estão???

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Oi, oi, incomunzetes!!! Como vocês estão???

Mais uma vez, muito obrigada por todo o carinho com a bebê 🥺 esses dias acho que ando mais distante de redes sociais etc. e ver vocês interagindo aqui me deixa muito feliz 💜

Só lembrando que esse capítulo é narrado pelo Jimin (o livrinho é o emoji dele!). Acho que vocês vão passar mal com o final do capítulo, hihihi👀

Boa leitura e, se gostarem, comentem, porque amo saber o que vocês estão achando!!

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Discreta como farfalhar de vento em folhas, a sensação causava calafrios tênues e uma ânsia confusa, um desespero que flertava com prazer. Não era fome nem cansaço. Discreto demais para se investigar e catalogar, presente o suficiente romper a confortável homeostase. Precisaria achar a razão para voltar ao normal, mas sentia que descobri-la levaria apenas à subserviência àquele anseio.

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Curiosidade rodeava minha rotina como uma alma penada — uma que, inclusive, eu esperara encontrar ao comprar minha gigantesca casa no subúrbio a preço de banana, mas nunca tivera a honra de sua presença — insistente. Esgueirava-se pelas quinas dos aposentos e dos minutos do meu dia. Arrepiava-me a espinha vez ou outra.

O acordo saía ainda melhor do que pedido. Jungkook se mostrava o total oposto dos outros com quem eu me envolvera: em vez de parecer interessante e, no fim, mostrar-se um lamentável poço do obviedades; estava mais para uma pedra bruta: quanto mais eu lapidava, mais interessante parecia.

Jungkook era inegavelmente simples, dos pés à cabeça. Eu me inclinara próximo o suficiente para sentir seu cheiro, e não havia nenhum a ser percebido. O apartamento era asseado, sem decorações. O xampu no banheiro, dois em um. O sabonete? Cheiroso e cremoso, tinha potencial, mas a marca ainda visível na barra dedurava ser um presente de algum parente revendedor, usado para receber visitas.

Sorvi meu café. Em vez de contemplar as notas de chocolate da bebida, contemplei meus pensamentos devido ao seu borbulhar incessante incitado pela curiosidade. "Lapidar" era um exagero: eu apenas apreciava por lampejos escapulidos de pequenas frestas aquele esplendor velado. Não carregava em mim nenhum desejo de ser eu a transformar em joia; seria apenas um expectador passivo que, de vez em quando, teria o vislumbre de um potencial deleite.

Quando Jungkook voltara do banho aquela noite, oferecera-me uma água — tão inodora quanto ele mesmo — após insistir que eu usasse sua cama. Eu me mantivera resoluto em ficar com o sofá e o assistira ir dormir. A curiosidade penada surgira ali, longe da minha potencial casa assombrada.

Na manhã seguinte, Jungkook servira um café muito caprichoso e comera-o devagar com uma conversa mansa e inabalada. Por estar mais manso e inabalado do que era de meu gosto, eu dedicara-me a provocá-lo. Não fora difícil fazer com que suas bochechas tivessem mais cor que o resto do apartamento inteiro. Meu desejo era que ele me desejasse, e sempre fui meu competente gênio da lâmpada pessoal: realizar qualquer coisa era questão de tempo.

Incomum Acordo • jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora