06 | Abençoado assassino

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Oi, oi, incomunzetes!!! Como vocês estão???

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Oi, oi, incomunzetes!!! Como vocês estão???

Chegando meio atrasada porque foi meio corrido nos últimos dias, mas nada grave! Agradeço a paciência e, como recompensa, esse mês vai ter uma postagem a mais

Mais uma vez, muito obrigada por todo o carinho com a bebê 🥺 esses dias acho que ando mais distante de redes sociais etc. e ver vocês interagindo aqui me deixa muito feliz 💜

Só lembrando que esse capítulo é narrado pelo Jimin (o livrinho é o emoji dele!)

Boa leitura e, se gostarem, comentem, porque é o que mais me motiva!!

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Mais vezes do que se deva imaginar, a morte é uma benção.

A morte corpórea é misericordiosa, por sempre levar junto de si a alma. A alma, por outro lado, quando se desfaz, deixa para trás o corpo e um vazio irrecuperável.

A morte corpórea é o destino de qualquer ser — talvez até de qualquer ente e de qualquer imaterialidade, pois objetos definham em algo diferente e memórias se dissolvem na acidez do tempo. Mas a morte da alma é uma maldição que não se deseja a ninguém e a nada. Que todo objeto viva a seu propósito enquanto existe, que toda memória acalente ou atormente enquanto persiste.

Quando não se tem alma, roga-se pela afortunada aparição de um assassino. Pela bondade de um fim.

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Meu apartamento me entediara. Nem os pássaros no chafariz, nem as várias opções de cafés especiais, nem a profusa decoração com uma quantidade desproporcional de miniaturas de meus próprios personagens cobrindo as estantes foram suficientes para me convencer de que havia algo de interessante ali. O cursor do editor de texto ficara aparecendo e desaparecendo, aparecendo e desaparecendo, por tempo demais, como um tique taque malicioso — tique taques sempre são maliciosos, porque não se controla o tempo, e eu amava controlar cada detalhe de tudo, ainda mais quando o assunto era minha escrita.

Sofrendo de tal tragédia irrelevante, incumbi-me de uma aventura em busca de uma cafeteria. Apesar de possuir uma favorita — pequena, mas com cabines individuais e uma proprietária simpática que me oferecia biscoitos caseiros religiosamente desde que eu assinara os livros da coleção da filha —, fui atrás de uma nova.

Metrô vazio, a cidade toda aproveitava suas horas de domingo para descansar, à revelia da minha sede por novidades. As poucas pessoas no vagão estavam acompanhadas e trocavam entre si uma conversa preguiçosa demais para abri-las a um excêntrico.

Incomum Acordo • jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora