COLETÂNEA | ONE'S SHOTS

DANIDIO - DRUNKED

″nem se eu bebesse todas em uma festa, eu conseguiria te esquecer. A bebida só me faz lembrar que eu preciso estar ao seu lado″

(+14/16)

౨🧸🍂ৎ

Elídio estava pensativo. Faziam duas horas que ele estava em uma festa, com várias mulheres, e homens também, tentando ficar com eles, mas Sanna só conseguia pensar em uma única coisa.

Ou melhor, uma única pessoa: Daniel.

Lico não conseguia entender como Nascimento havia o conquistado, nem quando, mas parecia que ele não conseguia ficar um minuto sequer sem pensar no homem.

Por Sanna, ele já teria se esquecido de Daniel, nem lembraria de seus sentimentos por ele. Mas seu coração parecia gostar de brincar consigo, ele não conseguia esquecer Daniel Nascimento, nem se ele quisesse.

Isso o irritava. Por que raios ele tinha que pensar sempre em Dani?!

Elídio queria gritar igual uma criança birrenta.

Eram incontáveis as pessoas que Lico já havia ficado, beijado, transado para esquecer o homem que rondava seus pensamentos, mas ele nunca conseguia de fato esquecê-lo.

Qual é?! Não deveria ser tão difícil assim, certo?

Elídio só precisava parar de pensar nos lábios finos porém chamativos dele, nos seus olhos que brilhavam todas as vezes que lhe chamavam de "Lili", no corpo dele que parecia sempre o chamar pra perto, na bund-.

Enfim, não deveria ser tão difícil.

Sanna se sentiu frustrado, virando mais um copo goela a baixo e sentindo o gosto amargo porém gostoso descer em sua garganta. Ele já está a bem alterado para quem havia chegado na festa em algumas horas.

Em contrapartida, Daniel estava em casa, relaxado em sua cadeira de trabalho -ou cadeira gamer, que era como seus amigos gostavam de implicar-, com os pés sobre ela e seu computador em seu colo. Fazia uma pesquisa para seu trabalho da faculdade, as vezes olhava o celular, rindo dos vídeos que Anderson lhe mandava, ele estava um pouco bêbado, dançando e cantando -ou melhor, berrando- músicas do estilo funk, o que não era algo muito Anderson Bizzocchi; ao lado de seu namorado, Edu, e de sua irmã, Luana, que eram amigos de Dani também.

Daniel olhou o relógio; eram três e trinta e dois da madrugada, ele precisava acordar as seis do mesmo dia e tinha menos de três horas de sono.

Respirou fundo, desligando o aparelho eletrônico e indo na direção de seu quarto, coçando o olhos. Estava nervoso com sua pesquisa e sabia que não iria conseguir pregar os olhos tão cedo.

Mas, ainda assim, retirou seus óculos, virando para o lado oposto do criado mudo e abraçando um travesseiro, tentando dormir.

𖹭

—Puta merda, eu não acredito que eu vim ficar de vela!— Gritou um pouco alto para o casal ao seu lado, que se beijava de forma feroz. —Vão pra um quarto! Eca!

—Ah Lico, nós sabemos que se ele estivesse aqui e junto com você, seria ou igual ou pior!— Eduardo falou, ajeitando Anderson em seu colo, vendo o outro revirar os olhos. —Eu menti?