DANIDIO - FUTEBOL

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″ o gostinho de ganhar é bom, mas o de estar ao seu lado é melhor ainda ″

౨🧸🍂ৎ

Elídio estava animado. Ele corria de um lado para o outro, indo da cozinha a sala diversas vezes, Edu estava quase ficando tonto só de olhar o homem se mexendo.

—Elídio! Calma! Ninguém aqui vai morrer de fome ou sair correndo!— Edu se levantou, segurando os ombros do amigo como um pedido para que ele parasse de andar.

Eduardo espirou fundo, quase se jogando no sofá de novo, sentando ao lado do namorado.

—É Lico, calma! O jogo não vai sair correndo!— Anderson brincou, passando o braço por de trás do homem ao seu lado.

—Desculpa, eu tô empolgado... e também tô muito confiante!— Elídio afirmou, indo novamente em direção a cozinha -ato que fez Eduardo suspirar em derrota- para pegar o resto da pipoca. —Eu acho que dessa vez a gente ganha!

Anderson olhou para o namorado e eles trocaram palavras silenciosas. Não que eles não confiassem, mas o Corinthians já tá em zona de rebaixamento né?

Elídio se sentou no sofá, tremendo a perna e os amigos perceberam que não teria como deixar ele mais calmo.

Acontece que hoje iria ter o grande jogo, Flamengo contra o Corinthians. Se o timão perdesse, ele cairia para a série b e não teria mais saída.

—É, a série b não tá fácil pra ninguém...— Edu falou, arrancando um risada baixa do homem ao seu lado. —Ei! Não dá risada não! Você tá vestindo o manto sagrado!— Apontou, ouvindo Anderson gargalhar ainda mais.

Andy, de presente de aniversário, comprou para Edu uma camiseta do Santos, o time para qual o homem torcia. Ele só não havia contado que comprou uma para si também. As camisetas não eram iguais, a de Nunes era uma edição toda preta com detalhes em dourado, já a que comprou para si, era uma mais tradicional, com as listras pretas e brancas.

Era automático, quando Edu colocava a dele, Andy colocava a sua também, para saírem combinando. E olha que nem time Anderson tinha.

Antes do jogo oficialmente começar, a campainha tocou, indicando que o último integrante daquele quarteto tinha chego.

Elídio praticamente pulou em direção a porta, o que fez os amigos darem risada dos sintomas de apaixonado do outro.

—Oi Dani.— Foi o que disse quando abriu a porta e viu o homem a sua frente.

—Oi Lili...— Respondeu de volta.

Ficaram naquela troca de olhares por alguns segundos, até ouvirem uma tosse forçada o mais alto ali presente.

—Entra!— Deu espaço para o outro passar, fechando a porta logo depois.

—Lico, você é o único corinthiano aqui, por que estamos todos reunidos?!— Edu perguntou, não é que ele não queria estar aqui, mas que ele queria que o Corinthians caísse para o Santos subir, ele queria. Com todo o respeito, é claro.

—Porque vocês queriam um role e me ver feliz pelo Corinthians na serie a, não na b.— Elídio falou, puxando Daniel para sentar do seu lado no sofá.

Edu revirou os olhos, se afundando no abraço e Daniel riu com aquilo.

Dani e Elídio tinham um relação complicada. Era óbvio para todo mundo que eles tinham uma relação de bem mais que amigos. Era óbvio para todo mundo, menos para eles.

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