𝐍𝐀𝐐𝐔𝐄𝐋𝐀 𝐍𝐎𝐈𝐓𝐄 - pejão

7.

POV:PEDRO TÓFANI

Estávamos eu, Renan, Malu e Jão na praia, como sempre. Até que fui no mar.

– Tô indo ali! - Eu disse me levantando e indo em direção ao mar.

Tudo bem até eu ver alguém no lugar onde estávamos conversando bem próxima com Jão.

– Voltei gente! - Eu disse voltando.

O clima estava estranho, Malu com cara de deboche, Renan desconfiado e Jão tranquilo. Lá estava uma menina.

– Pedro, essa é Marina. Minha amiga de trabalho. Espero que vocês sejam amigos! - Jão me apresentou a menina.

Cheguei a me comparar, ela era linda, morena, cabelo grande, corpo bonito, enfim.

– Oi..Marina..- Eu disse extremamente envergonhado.

– Oi. - A garota me olhou de cima a baixo e voltou a conversar com Jão.

– Garota, você tá com algum tipo de deboche pra cima do Pedro? - Malu disse cruzando os braços.

- Eu? Longe de mim. ,- A garota dizia sendo sínica.

– Relaxa..- Eu disse pegando nos braços de Malu.

– Nem te apresentei o Pedro! Esse é meu amigo e diretor, Marina. - Jão disse.

Porra amigos?! Pra mim isso já era demais, eu saí e Jão continuou aonde estava e apenas olhou para mim, eu assim fui embora.

– Pedro, meu anjo, tá aqui? - Escutei Malu chegando.

Eu fui abraçar ela enquanto chorava.

– Malu! - Eu gritei de meu quarto, assim abraçando ela forte.

– Vai ficar tudo bem, ok? - Malu fez carinho em meu cabelo enquanto eu chorava em seu abraço.

– Você é a melhor amiga que alguém pode ter, te amo. - Eu disse enxugando meus olhos, assim pegando em suas mãos.
- Vou ir na praia, rapidinho, preciso de um tempo. - Eu completei.

– Tudo bem, qualquer coisa me liga! - Malu disse.

Chegando lá, eu sentei na areia mesmo e fiquei observando o pôr do sol enquanto pensava sobre literalmente tudo , sobre o quão me machucou, sobre o quão me machucaria, sobre o quão fui tolo, minha cabeça foi minha prisão.

Enquanto pensava sobre isso, peguei bebidas e me entupi até falar chega, misturei bebida, dancei, cai, afoguei, sozinho. Eu só queria me perder.

Cheguei em casa bêbado, caindo, minha sorte foi que Malu estava dormindo. Quando olho meu celular havia várias mensagens e ligações perdidas de Jão e Renan. Eu resolvi responder no outro dia, eu estava nervoso e cansado
demais, na verdade.

Amanheceu e fui acordado com Jão na porta de meu quarto.

– Oque tá acontecendo? - Eu perguntava não entendendo.

– Queria pedir desculpa, nós não devemos continuar isso que tínhamos, mas eu precisava lhe pedir desculpas. - Jão sentava em minha cama.

– Tudo bem.

E assim fomos, festas sem um ao outro, rolês sem os dois juntos, brigas, enfim.

Eu estava deitado em minha cama quando vejo que Jão postou.

Na postagem Jão assumia um cara chamado Gabriel, pelo visto eles estavam namorando.

Eu e Jão viramos bons amigos, mas eu e ele sabíamos, não era mais uma amizade, mas Jão gostava de Gabriel.

Meses depois

– Pedro, me ajuda, Gabriel endoidou. - Recebi a seguinte mensagem de Jão.

Óbvio, sem pensar duas vezes pedi um Uber e me direcionei para casa de Jão, na qual estava uma gritaria, Jão parecia tentar se defender enquanto Gabriel quebrava a casa, e quase sua cara. Rapidamente bati na porta e comecei a chamar Jão.

– Jão! Jão abre a porta, por favor! - Disse até que tudo ficou quieto.

– Oque foi?! - Gabriel abriu a porta enquanto Jão estava no chão com o nariz sangrando, olho roxo e boca machucada.

– Oque você fez?! - Eu sem pensar duas vezes soquei a cara de Gabriel, fazendo o mesmo ficar inconsciente no chão.

– Jão! JÃO ACORDA! - Eu dizia enquanto dava leves batidinhas no seu rosto.

– Pedro? Meu deus você veio mesmo! - Jão disse abrindo os olhos.

– Óbvio! Eu não ia deixar você aqui, Jão! - Eu disse dando a mão para ele levantar do chão.

– Vou chamar a polícia pra você ficar tranquilo, ok? - Eu disse enquanto segurava sua mão e ligava para o número da polícia.

Deu tudo certo, Jão ficou mais tranquilo, eu fiquei mais tranquilo, e aquele cara..eu já não sei. Jão melhorou a relação comigo, Malu e Renan, e a gente começou a ir mais em festas. Inclusive achavam até que estávamos juntos novamente de tanto grudados estávamos.