Após anos se passarem, uma crescente onda de contaminação por uma substância que veio do espaço tem transformado a humanidade e animais em antropomorfos, gerando uma nova classe social. Quatro irmãos encontram uma oportunidade de crescer e serem ace...
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Hazel sorriu sem graça.
— Eh, foi mal! — disse, prendendo o cabelo. — Bom, mais outra fofoca... A máquina que eu mencionei a você foi criada lá no centro de pesquisas militar. — Deu uma pausa e logo lembrou da foto de Donatello e da máquina. — Deixa eu te mostrar. — Hazel pegou seu celular e foi revirando a galeria até encontrar a foto do doutor. — Aqui é o doutor, e essa aqui é a máquina... que foi criada por cientistas militares de pesquisas, usando a mesma tecnologia dos alienígenas que trouxeram a substância que transforma os seres vivos em mutantes para a Terra.
— Você avisou ele que estava tirando a foto? — perguntou Abbie, olhando a imagem.
— Ah, sim? Por quê? Eu só falei pra fazer uma pose bem legal e um sorrisinho bem bonitinho que nem ele costuma dar, pra registrar, sabe? Vai que precisa das fotos pra autenticação e, bom, biografia e estudo científico — explicou, mas logo riu baixinho, lembrando da porteirinha dos dentes do doutor. — Mas por que a pergunta? Algum problema na foto? Saiu estranha?
— Porque ele parece confuso, ou até mesmo surpreso na foto — disse Abbie, olhando para a imagem e logo voltando a olhar para Hazel. — Você sabe, mutantes que não têm sobrancelhas são um pouco difíceis de ler as expressões à primeira vista, mas consigo notar isso bem. Você disse algo que pegou ele desprevenido antes de bater a foto?
Hazel deu uma avaliada na foto com calma, até pressionando a visão.
— Nossa, Abbie, você é uma expert! Eu não tinha notado! — disse, logo ficando sem graça, e na pergunta da amiga respondeu com calma e com toda inocência do mundo. — Ah, não sei? Eu só falei na hora pra fazer uma pose legal, e falei pra sorrir, dar um sorriso bem bonito como de costume ele tem, apenas isso... — Hazel deu uma pausa. — Ai, será que ele se ofendeu?
Abbie segurou o riso.
— Se você realmente falou que o sorriso dele é bem bonito, provavelmente ele só ficou surpreso mesmo. Boa parte dos homens não estão acostumados com elogios.
Hazel corou um pouco vendo a mesma querer rir.
— Ah vai! Me dá um bônus! Ele é meu chefe, como eu ia notar?! — Ela afundou a cara na cama em constrangimento. — Ele também não colabora — falou com a voz abafada sobre o colchão.
— Só pede pra tirar uma foto nova, porque percebeu que a câmera tava numa configuração errada, ou sei lá — deu de ombros, deixando suas sacolas em cima da cama, dando uma olhada em suas compras com um sorriso de lado. — Ele não deve ter achado ruim. À essa altura, já percebeu o quão espontânea você é.
— Abbie! Não começa — levantou o rosto da cama, se sentando na cama. — Ele não perceberia... — Hazel deu uma pausa.
Ela lembrou de uma conversa sobre ele ter mencionado como os cabelos e olhos dela se destacavam bastante. Nisso, ela tinha certeza de que estava com o rosto envergonhado ao lembrar de minuciosas coisas.
