𝙲𝙰𝙿𝙸𝚃𝚄𝙻𝙾 𝟺

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🎶 ᵐᵘˢᶦᶜᵃˢ ᵈᵒ ᶜᵃᵖᶦᵗᵘˡᵒ

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🎶 ᵐᵘˢᶦᶜᵃˢ ᵈᵒ ᶜᵃᵖᶦᵗᵘˡᵒ

Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ¸¸.•*¨*•.¸¸ꕥ ― Quem está aí? ― gritei novamente, tentando me manter coberta pelas águas geladas.

Somente a floresta vazia e o silêncio responderam. Talvez fosse um Boardcraw. Esses seres furtivos viviam nos rios e em casas feitas de troncos velhos, sempre escondidos nas florestas. Poderia ser um deles, mas naquela escuridão era difícil saber.

Olhei para as sombras das árvores, mas não vi nenhum movimento.

― Foi só o estalido de um galho. ― murmurei, tentando me acalmar.

Com cuidado, alcancei minhas roupas e me vesti ainda dentro da água. Apesar de tentar me convencer que não era nada, uma parte de mim temia que pudesse ser algum hóspede me espionando.

Saí do riacho, meu vestido azul-marinho colado ao corpo. Tentei torcer a bainha enquanto caminhava de volta para a cabana, mas ao fazer isso, percebi uma sombra se movendo entre as árvores. Agora eu sabia onde ele estava. Mantendo a cabeça baixa, fingi não ter notado e fechei os olhos, sentindo o poder pulsar dentro de mim. Lancei uma faísca que fez um tronco cair e acertar a criatura. Um grunhido ecoou e eu avancei, furiosa.

― Como ousa me espionar? ― perguntei com um olhar feroz. ― Você acha isso engraçado, não é? Espiar como um lunático?

Para minha surpresa, era um homem, não um Boardcraw. O manto escuro que o envolvia parecia parte das próprias sombras. Cabelos negros como a noite e olhos azuis como estrelas emolduravam um rosto ao mesmo tempo delicado e intensamente másculo. Meus pensamentos foram interrompidos quando ele respondeu irritado.

― Espiando? ― Ele ergueu as sobrancelhas, surpreso. ― Eu estava apenas passando. Você não é a dona do riacho, sabia?

― Ah, claro ― Cruzei os braços, desafiadora. ― E você só por coincidência estava escondido atrás daquele arbusto, certo?

― Se tivesse prestado atenção, veria que eu estava colhendo ervas para o ferimento do Koda, meu Equino alado. ― Ele deu um sorriso cínico. ― Mas imagino que você estava ocupada demais... ― Ele me olhou de cima a baixo, e fiquei constrangida com meu vestido colado ao corpo. ― ...sendo você mesma.

― E o que exatamente isso significa? ― sibilei, ofendida.

Ele deu um passo à frente, ficando perigosamente próximo ― Significa que você é o tipo que ataca antes de pensar.

― Você não me conhece! ― rebati, sentindo a raiva crescer.

Ele deu de ombros, desdenhoso. ― Não tenho tempo para suas paranoias.

Recuei ligeiramente, irritada. ― Paranoica? Quem você pensa que é para falar assim comigo?

Ele gargalhou, incrédulo. ― Quem eu penso que sou? Você sabe com quem está falando?

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