Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ¸¸.•¨•.¸¸ꕥ Nos confins de um mundo dividido entre luz e escuridão, existem dois reinos em eterno contraste: o Reino da Luz, onde prosperidade e harmonia brilham sob um sol constante, e o enigmático Reino das Sombras, lar de poderosas forças...
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🎶 ᵐᵘˢᶦᶜᵃˢᵈᵒᶜᵃᵖᶦᵗᵘˡᵒ
Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ¸¸.•*¨*•.¸¸ꕥ Hoje de manhã, quando ele acordou, eu fingi que ainda estava dormindo. Kael, durante a noite, ultrapassou a barreira de travesseiros e me envolveu em seus braços. A princípio, pensei em me afastar, mas ele suspirou e disse meu nome suavemente. Meu corpo ficou paralisado, incapaz de se mover. Sentir seu corpo tão próximo ao meu era algo novo e inesperado.
Ele se mexeu levemente e, no silêncio do quarto, senti seu rosto se aproximar do meu pescoço. Kael inspirou profundamente, como se absorvesse meu cheiro, e então senti seus lábios tocarem suavemente minha pele. Um arrepio percorreu meu corpo inteiro e meu coração começou a bater descompassado, como se quisesse saltar do peito. Aquele toque, tão leve e ao mesmo tempo tão intenso, despertou algo dentro de mim.
Minha mente tentava processar tudo, mas percebi que Kael estava dormindo. Ele não estava consciente de suas ações, e isso, de alguma forma, me tranquilizou. Com o passar dos minutos, o nervosismo inicial deu lugar a uma sensação de conforto inesperado. Envolvida por seus braços, senti um calor que me acolhia, uma segurança que não sabia que precisava.
Meu corpo relaxou aos poucos e, antes que percebesse, estava adormecendo novamente, ainda envolta nos braços dele.
Acordei estranhamente mais cedo do que o normal naquela manhã. Talvez fosse o calor reconfortante que me envolvia. Era bom demais para continuar dormindo. Kael ainda estava com o braço em minha cintura, me segurando possessivamente contra seu corpo. Coloquei minha mão sobre a dele, aconchegando-me mais. Logo em seguida, ele despertou. Eu soube que ele havia acordado pela tensão que dominou seu corpo e pelo movimento rígido e pulsante contra meu quadril. Mantive os olhos fechados quando ele gentilmente tentou puxar o braço. Ele esperou alguns segundos antes de puxar a mão outra vez, com muito cuidado para não me despertar.
Abri os olhos, fingindo que acabara de acordar.
― Kael?
Ele parou, ainda de costas para mim. Sua postura tensa revelou mais do que suas palavras poderiam expressar.
― Ah, desculpe, Freya. Não queria te acordar.
Sentei-me na cama, puxando o lençol para cobrir meu corpo, embora o calor persistisse. Observei-o enquanto ele tentava encontrar uma desculpa para a sua posição, mas suas palavras estavam presas em sua garganta.
― Bom dia ― murmurei, minha voz ainda rouca pelo sono. ― Você parece tenso. Está tudo bem?
Kael se virou lentamente, evitando meus olhos. Ele tentava ocultar suas emoções, mas eu podia sentir sua luta interna. Nossa barreira emocional, que deveria estar erguida, quase sempre ficava abaixada, e naquela noite não foi diferente. Ele forçou um sorriso e assentiu.
― Só um sonho estranho. Nada demais.
O silêncio se instalou entre nós, pesado e cheio de coisas não ditas. Eu queria perguntar mais, mas sabia que ele se fecharia ainda mais. Em vez disso, me levantei e caminhei até a janela, tentando mudar o foco da conversa.
