𝙲𝙰𝙿𝙸𝚃𝚄𝙻𝙾 𝟹𝟿

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🎶 ᵐᵘˢᶦᶜᵃˢ ᵈᵒ ᶜᵃᵖᶦᵗᵘˡᵒ

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🎶 ᵐᵘˢᶦᶜᵃˢ ᵈᵒ ᶜᵃᵖᶦᵗᵘˡᵒ

Ƹ̵̡Ӝ̵̨̄Ʒ¸¸.•*¨*•.¸¸ꕥ Quando meus olhos finalmente encontraram o solo do Reino das Sombras, um turbilhão de emoções tomou conta de mim. Depois de dois anos longe deste lugar, retornar era como abrir uma porta para o passado, com memórias de todos os tipos, aguardando para me envolver. Conforme eu deslizava pelo céu, lembranças vívidas me cercavam – as lições aprendidas, as risadas compartilhadas e o amor que aqui encontrei. Um amor que pensei que duraria para sempre, até que tudo se desmoronou.

Sobrevoando as ruas familiares, percebi as mudanças ao meu redor. O tempo não havia parado para o Reino das Sombras. O ar ainda carregava a mesma névoa fria, característica daquele lugar, mas os detalhes, tanto os pequenos quanto os grandiosos, tinham se transformado. Eu me sentia, ao mesmo tempo, em casa e como uma estranha, como se tivesse entrado em um livro cujas páginas finais foram reescritas em minha ausência.

Quando avistei a Pensão de Lunara, meu coração acelerou. Ela estava diferente, maior do que antes, fruto da reconstrução após sua destruição. Mesmo assim, algo intangível permanecia o mesmo. Era o espírito de Lunara, a essência que ela infundia em cada canto daquele lugar. A fachada nova não conseguia esconder o calor familiar que emanava dali.

― Estelar, desça aqui, por favor ― pedi, a voz saindo um pouco trêmula.

Quando desci, senti minhas pernas ficarem bambas. Era como se meu corpo, cansado de sustentar tanto peso emocional, finalmente cedesse. E foi nesse momento que as lágrimas vieram, incontroláveis, carregadas de uma saudade e dor que eu não sabia que ainda carregava.

E então, a porta se abriu, e ali estava ela. Sigrid. Carregando a pequena Luna em seus braços, tão cuidadosa e protetora como sempre. Ao vê-la, senti como se o tempo tivesse parado, todo o mundo se dissipando ao nosso redor. Sigrid, minha melhor amiga, o elo mais forte que eu tinha com este reino. Seus olhos marejados encontraram os meus, e corremos uma para a outra.

― Freya! ― ela exclamou, com a voz embargada de emoção.

― Sigrid... ― foi tudo o que consegui dizer antes de me lançar nos braços dela.

Nos abraçamos com força, como se quiséssemos recuperar todo o tempo perdido. Naquele abraço, eu senti uma mistura de tudo: dor, saudade, amor, e a promessa de que, mesmo após tanto tempo e tantas mudanças, algumas coisas nunca deixariam de existir. Eu estava em casa novamente, e, apesar de tudo que havia se perdido, percebi que, de certa forma, nada havia mudado - era o reencontro de dois corações que jamais deixaram de se pertencer.

Peguei Lunara em meus braços e a chamei carinhosamente de Luna, com o diminutivo que já me era natural. Era impossível não me encantar com ela. A pequena me olhava com uma curiosidade inocente, e eu me pegava sorrindo, fascinada por cada detalhe do seu lindo rostinho.

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