Prólogo

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Estava exausta, de fato, exausta

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Estava exausta, de fato, exausta. Haverá de terminar um relacionamento conturbado, acabará de ser despejada, e sua carreira nunca esteve tão à beira de um precipício, quanto agora.

Carolina sempre foi exemplar, em tudo. Na escola, faculdade, estágio, sempre cumpriu com o que a de ser feito, nunca se esquivou de suas obrigações, ou fez corpo mole. Apenas, não conseguia descansar, queria tanto ser exemplar em tudo que esquecerá de si, abraçará o mundo de uma vez e acumulava trabalhos e mais trabalho, e no fim, uma bola de neve se forma sobre sua cabeça.

Não sabia para onde fugir, para onde se esconder.

A mulher forte e exemplar estava completamente derrotada. Vinha a carregar um relacionamento sem amor, apenas carnal, por meses. Seu foco em sua carreira não a permitia focar em outra coisa, mas não renunciaria a prazeres, e Jeremy, seu namorado -agora ex- a proporcionar o básico. Pelo menos, até o encontrar na cama com a então, "colega de trabalho", não saberá o que sentiu quando presenciou a cena, se chorava de decepção ou alegria por finalmente dar um basta em tal situação.

O relacionamento não era o dos melhores, mas não espera uma traição, nunca esperam.

Atordoada andava pelas ruas, sem rumo, e sem esperança. Avistou de longe um pub, nunca tivera visto antes, mas talvez afogar o remorso em um copo de bebida não seria uma má ideia. Até então.

§

Com a maquiagem menos perfeita do que gostaria, um desengonçado coque, e um copo de whiskey, afogava sua frustração pessoal e profissional. Já não tiverá certeza quantos copos tomaria, mas estava longe, de problemas e de seu frustrado relacionamento.

—Não deveria beber assim, moça. — uma voz, grave, soou ao seu lado. – Tome.

Um copo de água foi depositado em sua frente. – Para equilibrar, whiskey puro não faz bem. –

Ao virar seu rosto se deparou com um homem, não um qualquer, mas de uma beleza extraordinária, sua postura era de superioridade, típica de arcaico. Odiará esse tipo.

—E quem é você, para me dizer o que me faz bem?!—A leve embriaguez que pensará em possuir seu corpo, fora embora, assim como sua educação, que estava preste a partir.

—Ou, já está bêbada. Me perdoe, achei que poderia ajudar—sua postura não mudou, permaneceu ereto e sem desviar o olhar.

Poderá jurar que o conhecia, mas estava escuro e com álcool em seu organismo, não teve certeza de nada.

—Não pude deixar de notar uma bela mulher se afogando em um mero copo de whisky, sem comer nada. Já passaram trinta minutos que chegou e está em seu quarto copo.

—Indo para o quinto — informou.

—Não querendo me intrometer m...

—Mas já se intrometendo- a mulher bufou.

—Deveria maneirar, ou tomar algo mais leve — seu tom se tornou leve e direto.

—Deixo isso para os fracos, como...

—Como eu? - uma risada ecoou sobre seus lábios. A conversa estava indo em uma direção arriscada, e o moreno estava gostando desse risco.

—Não se preocupe, não sou fraca para bebidas—informou—apenas para morenos sarcásticos. – Seus lábios se curvaram em um riso, ladinho.

§

Entre farpas e flertes, ambos estavam mais concentrados em si, do que em suas bebidas. Após horas de conversas, já se passava de altas da madrugada, apesar dos conflitos ainda era uma profissional aplicada e deveria estar em sua cama em busca de acordar cedo.

Com pensamentos amenos, pagou a conta e caminhou em passos curtos em direção a saída. Suas vastas curvas, e o branco refletia sua pele sobre a madrugada estrelada, observava a luz da lua e pensava em seu futuro, quando observou um par de olhos que a fitavam descaradamente.

— Não deveria olhar para uma mulher assim, rapaz. Com esses olhos eu posso me apaixonar— a mulher de cabelos cacheados e postura ereta enfatiza

— Não posso? — seu riso foi sarcástico— mas testar um homem com sua beleza pode, dona?

—O que você quer? – disse ela, caminhando em sua direção.

—A pergunta certa é, o que você deseja? — murmurou.

— Então me diga, o que você deseja— Se aproximou, o suficiente para que suas respirações se perderem.

—Você. – Seus olhos a fitaram— desejo provar seu gosto, me perder em seu corpo, e provar dessa pele de chocolate.

O choque de suas bocas foi feroz. Não houve amor, sentimentalismo e muito menos paciência, apenas um ardente desejo corroendo em suas veias.

Luxúria.

O desejo falando mais alto.

As línguas duelavam em tamanha brutalidade, o moreno a puxou pela cintura e puxou para si, suas mãos exploravam cada curva do corpo da mulher em seus braços. Por Deus, ele iria a despir em público, buscava forças para se controlar.

— Vem comigo — Ela assentiu, e os dois caminharam com dificuldade até o veículo – que ela presumiu ser dele-, adentrou no banco passageiro e tomou o assento do motorista.

Não demorou para voltar a tomar os lábios da bela mulher em sua frente, seu desejo crescia mais e mais.

Tira a calcinha.... —falou entre o beijo, com dificuldade. —, e me entregue.

Suas mãos exploravam tudo que podia da bela mulher a sua frente. Seus dedos queriam se enroscar em seus cachos volumosos, tanto quando queria se perder nas curvas de seu corpo.


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Continua....

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