Capítulo 3

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Esperança

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Esperança.

Tudo que restara.

Marcus tinha esperança em consertar uma grande burrada, quase deixar a fábrica ir à falência. Estar em reunião em uma manhã de domingo não era - nem de longe-, seu maior desejo, mas se pudesse reerguer a fábrica, ele o faria com um enorme sorriso em seu rosto.

Com o melhor falso sorriso, Marcus adentrou a pequena sala da Sonhos de trigo – pequena padaria no centro da cidade -, conversara com o dono em busca de uma parceria. Colocar sua marca em uma padaria faria aumentar o lucro da empresa, e por mais pequena que parecesse era bastante aconchegante, ele gostava de ambientes acolhedores.

O dono do estabelecimento parecera novo, em seu ponto de vista, sentira bastante ansioso por isso. Como dissera estava acostumado com rotina e sair dela era bastante constrangedor, e conversar em busca de uma solução com um empresário junior era bastante desesperador para ele.

Céus, se sentia arruinado.

Seu ego não podia estar mais abalado.

"Infantilidade da sua parte, Marcus!" seu subconsciente o julgava intensamente, com um grande suspiro finalmente relaxou.

—Aqui está meu cartão! — Estendeu a mão e entregou— Se mudar de ideia pode e só me ligar!

§

Em novas terras, Carolina se sentia pronta, porém bastante cansada. Não tivera tempo para descansar nesses últimos dias, mas não podia esperar para trabalhar, ideias brotavam em sua mente como pequenos brotos férteis.

"Viciada em trabalho" a voz de sua prima caçula ecoou em sua mente.

—Ok. Primeiro encontrar a pousada, —anotava mentalmente— segundo desfazer a mala, um longo banho, Tra...

Balançou a cabeça, espantando a vasta ideia:

—Nem pensar, você vai descansar. — se auto repreendeu. — Dormir! Isso, irei dormir.

Uma breve viagem do aeroporto até a pousada – decidira ficar em uma pequena pousada no centro. Sua vida sempre fora bastante solitária, e decidira mudar um pouco e se deu ao benefício da dúvida, a pousada fora bastante elogiada e isso a cativou.

Pesquisara bastante antes de hospedar um quarto, e os feedbacks positivos a conquistaram, especialmente o fato da hoteleira ser uma ex-chefe de restaurante – o fato de ter comida gostosa e inclusa foram o grande pivô -, estava satisfeita com sua decisão.

Pegara um taxi com destino a pousada, suas pálpebras lutavam contra a vontade de fechar, queria dormir. Precisava dormir. O caminho parecera mais longo que o esperado, o motorista não parava de oportuna a estrangeira com vastas perguntas. "De onde veio?" "vai passar quanto tempo na cidade?" "Uma beldade dessa sozinha?"

Se esforçara bastante para não o mandar ao quinto dos...., enfim, fez o possível para aguentar a viagem.

Minutos depois finalmente chegara a seu destino, já se passara das 22h e seu raciocínio não estará dos melhores, então, não notou quando uma parede de músculos pairou a sua frente, um grande homem estava a encará-la.

—O-oi? — seu coração pulsava intensamente pelo susto.

O misterioso homem arqueio a sobrancelha em questionamento, e quando pensara em falar, para a surpresa de Carolina, não parecera nada assustador em suas palavras:

—Quem é você? — o homem, de aproximadamente um e oitenta, questionou. — Está perdida? — a cada questionamento dava um passo em direção a mulher, ela recuava em proteção.

—Ah. Perdão, sou a nova hospede!

—Nova hospede, que bom! — um acolhedor sorriso transcendeu em seus lábios —Venha. Venha, vamos entrar. Já estar tarde!

Após as devidas apresentações descobrira que o "misterioso" homem era na verdade o filho da famosa hoteleira, João. Fora bastante atencioso com ela e fez questão de deixá-la descansar nos seus aposentos, com um grande cansaço fora dormir tardiamente, como sempre.

§

Carolina acordara renovada aquela manhã, dormira de forma aconchegante, comera uma deliciosa comida depois de anos do básico -nunca fora a melhor cozinheira, tem pavor até do cheiro de sua própria comida-, o filho da hoteleira a recepcionou muito bem. Garantiu a comida da manhã e abriu espaço para perguntas -onde aproveitou cada segundo para suprir sua curiosidade.

Não estava aguentando de ansiedade em conhecer seu próximo local de trabalho, então, decidiu adiantar as apresentações pessoalmente.

Aquela manhã de segunda-feira parecia tão quente, então Carolina decidiu vestir algo mais fresco, mas como uma grande amante da elegância, não podia vestir qualquer peça. Usara uma calça alfaiaria acompanhado de um blazer da mesma cor, caramelo. Seus longos cachos agora amarronzados soltos, com apenas uma trança lateral, joias douradas realçava sua pele. Estará belíssima!

CAROLINA:

Felipe, bom dia! Sei que nossa apresentação será apenas na quarta-feira, mas gostaria de conhecer a fábrica e o contratante o quanto antes.

Pensei em dá uma pequena visita ao local, algum problema?

FELIPE:

Que mulher ansiosa!

Tudo bem, cacau. Bom dia e boa sorte, você irá precisar!

Não entenderá bem a mensagem de seu veterano, mas deixou passar, Felipe sempre gostou de brincar com ela, não ligara muito.

Não conhecera a cidade o suficiente para ir andando, então optou por chamar um taxi, para a surpresa da mulher fora o mesmo senhor que a encheu de pergunta na noite anterior.

"Que sorte, hein." pensou.

A corrida fora mais uma vez longa e irritante. Odiava pessoas inconvenientes, e em pouco tempo na cidade percebera que as pessoas eram bastantes curiosas?!

Ao chegar em seu destino observou com atenção, o local era bastante afastado da cidade a localização não era das melhores, teve certas dúvidas se estava no local certo. Observou com afinco toda a estrutura externa da fábrica, não tinha logo de identificação, a estrutura parecia antiga, mas firme, estava decorando todos os primeiros problemas avistados.

—Já temos um problema para resolver! —suspirou.

Caminhado em direção a fábrica sentiu um dejavu como se fosse um ambiente familiar, seu coração bombeava mais intensamente, seus passos foram desacelerando enquanto se aproximava das grades, sentiu fortemente o cheiro de chocolate, estava intenso e delicioso?

Próxima a entrada avistou um senhor já de idade, que julgou ser o porteiro, sem mais delongas resolveu se apresentar:

—Com licença, sou nova na cidade. Quero conhecer a fábrica sou a no....

—Não estamos aceitando visita! — uma voz grave e penetrante afirmou. — Quem é você?

A voz a fez virar instantaneamente em direção a tal, seu coração paralisou aoavistar quem estava a sua frente.
Não podia acreditar.
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Desculpa a demora pessoal, essa semana foi muito corrida e acabei ficando sem tempo, mas irei me esforçar para postar todos os dias no mesmo horário.
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