Vi o Fracasso no espelho.
Certamente, um fedelho que um dia sonhava em ser Clarice.
Mas, que bizarrice!
Ele escreve a beça.
Mas, fala como se pensasse numa peça.
Se fosse nos tempos antigos,
Daria um bom bobo da corte
Pena que neste presente recorte,
É só um palhaço da vida pensando na morte.
Aos 14, apaixonou-se por Augusto dos anjos
De fato, um arcanjo simbólico dos poemas melancólicos
Que lhe revelou a arte através da angústia
Rústica, mas enfeitada de ornamentos sentimentais
Vindos do regurgito cru da existência.
Dali em diante, nada mais doeria se fosse transformado em poesia.
Até os 15 era um exemplo aclamado.
Jurou que seria um Kousei
Ou não sei, talvez um primeiro solo em tudo o que fez.
Depois disso, foi tudo por água abaixo.
Caiu no seu próprio conto do vigário.
Nesse cenário, totalmente vazio e solitário,
Afundou-se tanto na escória
Que a poesia se tornou compulsória.
Desistiu de tudo
Absolutamente,
Tudo.
E a arte virou só um vulto
Que raramente o lembrava de viver.
Depois, um desejo ardente de encontrar
Ao menos um motivo pra ficar.
3 anos foi mais que o suficiente
Pra se obecar por um remetente,
Com quem interagia somente em sua mente.
Realmente, falho na comunicação
E sem muita noção.
Um fracasso que
Pensava demais
Escrevia demais
E falava de menos.
Aos 20 tenta reerguer sua antiga glória,
Sem sucesso,
Vela a sua trajetória
Aceitando que o fracasso de agora
É quem escreve a próxima estória.
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Poesias de Uma Vez Poeta Morto
PoesíaUm poeta tentando reviver na poesia novamente. Coletânea de poemas de 2018- 2025. Poética que revela minha transformação em alguns aspectos, e mesmisse em outros. Meu trabalho é focado em me revelar às pessoas, ao mesmo tempo que as pessoas se reve...
