Malia Harris era apenas uma menina normal como qualquer outra, bem... era isso que a mesma pensava. Até que um dia, o seu mundo vira de cabeça para baixo, ao descobrir de onde vem a sua verdadeira origem.
Ela só queria viver uma vida normal, mas a...
Eu tive uma infância tão normal e feliz... nunca, jamais, imaginei que a minha vida fosse mudar de um dia para o outro assim.
Tudo estava indo bem para mim... tinha amigos, estava fazendo uma faculdade na qual eu sempre quis. Eu não estava preparada para aquela vida, não estava.
Ao saber daquela noticia, eu sabia que nada seria igual. Sabia que a partir daquele dia em diante... a minha vida, iria mudar completamente.
....
22 de Setembro de 2023
Não, não e não... pensei comigo mesma. Como pode o final de semana passar tão rápido assim?
- Malia? - Indagou a minha mãe do andar de baixo ao me chamar.
- Já acordei mãe...- Lhe respondi em um tom mais alto para a mesma poder escutar.
Mesmo sabendo que eu tinha que me levantar, eu estava tão pensativa... que só queria ficar ali, deitada olhando para o teto.
- Ainda não se levantou Malia? - Indagou a minha mãe indignada por eu ainda esta enrolada em minha cama.
Enquanto Mabel Harris, minha mãe falava coisas aleatórias... eu estava como se estivesse hipnotizada, deitada em minha cama. Já fazia semanas que eu estava me sentindo estranha, mas nem eu sabia explicar aquilo que estava sentindo.
- Malia? - Indagou a minha mãe com os braços cruzados a minha frente, já irritada.
Era até engraçado quando ela fazia isso, principalmente por causa do seu tamanho... enquanto ela olhava ferozmente para mim, eu simplesmente a admirava. Mabel Harris na minha visão, era uma mulher encantadora... com os seus cabelos longos e castanhos e os seus olhos praticamente no mesmo tom, realçava ainda mais o belo contorno de seu rosto.
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- MALIA HARRIS... - Gritou a mesma ao jogar uma almofada em mim.
Antes da almofada, revestida por um tecido macio me atingir... ela parou no ar. Ela simplesmente parou no ar, a poucos centímetros do meu rosto. A minha mão estava levantada a frente do meu rosto para poder impedir que o objeto atingisse o meu rosto.
A almofada levitou por questão de milésimos e logo caiu sobre a minha cama...
- O que foi que rolou aqui? - Perguntei para a figura assustada a minha frente.
A minha mãe estava branca como um papel e os seus olhos arregalados. Em toda a minha vida, eu jamais tinha visto a minha mãe ficar assim... imóvel.
- Mamãe? - A chamei... mas ela não falava nada, apenas me olhava com o mesmo semblante.
A chamei de novo pela segunda vez... ela me olhou e esboçou um sorriso amarelo, como se tivesse saído de um transe.
- O vento está tão forte hoje... conseguiu até parar a almofada. - Indagou ela ao tentar dar um sorriso para mim.
Mesmo não sabendo o que aconteceu, resolvi deixar para lá... talvez o vento realmente estivesse muito forte hoje.
Depois daquele episódio, a minha mãe não falou mais nada... apenas se retirou do meu quarto.
....
Me levantei, caminhei até o banheiro e me olhei no espelho... cabelos longos e pretos, com grandes mexas brancas na parte da frente... olhos claros como os do meu pai e de uma pele meio pálida, por conta da pouca luz solar que o lugar onde eu morava me proporcionava. Uma menina normal... bem, eu.
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- Você tem sempre que usar roupas dessa cor querida?- Perguntou meu pai com um sorriso singelo ao me ver descendo pela escada.
- É minha cor preferida pai... não gostou?- Indaguei brincando com o mesmo.
O homem a frente se levantou e caminhou até mim...
Elliot Harris, meu pai. Ele com toda certeza era o oposto da minha mãe, com os seus cabelos loiros, a barba por fazer e com o azul intenso do seu olhar... ele era um homem muito doce e gentil. Enquanto a minha mãe era a tempestade, o meu pai era a sua calmaria.
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- Eu até gosto minha filha, combina com você... mas você bem que poderia tentar outras cores, além do preto. - Indagou ele todo brincalhão.
Eu apenas dei de ombros e sorri para o mesmo. Caminhei até a ilha da cozinha e me sentei para tomar o meu café da manhã.
- A sua mãe está lá em cima? - Perguntou meu pai com o cenho franzido.
Eu apenas acenei com a cabeça que sim... não demorou muito para meu pai se levantar e ir em direção a sua esposa.
Eu fiquei ali na cozinha, tomando o meu café da manhã... se passaram alguns minutos e os meus pais ainda não haviam descido para tomarem o café, uma coisa que normalmente fazíamos juntos.
Olhei para o relógio do meu celular e eu já estava atrasada para a primeira aula da faculdade, então me levantei e fui ao encontro dos meus pais, para me despedir e sair de casa. Subi as escadas e caminhei em direção ao quarto do casal...
Quando eu ia bater na porta que se encontrava entreaberta, eu parei no mesmo instante...
- Não chora Mabel...- Indagou meu pai gentilmente para a minha mãe. A mesma não parava de chorar nos braços do meu pai.
- Eu pensei que ela era normal... que era uma moça comum.- Indagou a minha mão soluçando.
Eu estava completamente imóvel, sem entender direito sobre o que era a conversa... ou melhor, sobre quem...
- Vai ficar tudo bem querida... Malia sabe se cuidar. - Indagou meu pai, tentando mais uma vez acalma-la.
- Você sabe Elliot... sabe que depois de hoje, ela corre perigo. Eles virão atrás da gente, atrás da nossa menina. - Indagou a minha mãe ao voltar a chorar descontroladamente.
Simplesmente dei alguns passos para trás e me afastei da porta, com a mão na boca, na tentativa inútil de tentar acalmar a minha respiração.
Sobre o que eles estavam falando? Quem viria atrás da gente... atrás de mim...
