Capítulo 2

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- Você tá bem? - Estava abrindo os olhos quando ouvi uma voz irreconhecivel.

- Seu nome é Helena não é? - Abria os olhos com dificuldade.

- Onde eu estou? - perguntei com a voz meio rouca.

- Você esta no hospital - Abri os olhos totalmente e um garoto olhava fixadamente pra mim. E quem era aquele garoto? Olhos azuis, cabelos cor de mel, boca avermelhada, pele clara. Só poderia ter morrido e ido pro céu, porque aquele garoto tava mais pra anjo. Quando me lembrei de voltar pra realidade, se é que aquilo era realidade.

- Quem é você? - disse espremendo os olhos.

- Meu nome é Willian, e você se chama Helena não é? - ele sorria de lado repetindo a pergunta anterior.

- Como sabe o meu nome? - ele mordeu o lábio inferior.

- Eu vi no seu celular, me desculpa, eu tinha que ligar pra sua mãe, além do mais ela ja está chegando - ele passou a mão no cabelo, o que me fez viajar, mais do que eu já tava viajando por conta dos remédios. É, é isso que deve tá acontecendo, exageraram na dose do remédio e eles estão me fazendo enxergar coisas boas. Mas pra ser sincera, não sabia que a minha imaginação era capaz de imaginar algo tão bom assim, então tem chances de ser real.

- Tudo bem - tentei parecer o mais normal possivel.

- Eu não tive intenção... Você sabe... a bola foi sem querer e... - Ah! Então ele é o jogador que me fez parar aqui.

- Não precisa se desculpar está tudo bem - Jesus Maria José, estava tudo mais do que bem. Eu poderia sentir essa dor pro resto do dia se continuasse do lado dessa beldade em forma de ser humano.

- Sério? - ele arqueou as sobrancelhas. Analisei meus estado.

- Tirando o meu joelho que agora está com três pontos e a minha cabeça que está muito dolorida? É até que eu to bem - Falei ainda vendo a minha situação e fazendo ele rir.

- Você é legal - ele deu um sorisso zombeteiro. Com certeza eu tô sonhando, ou estou dopada.

- E você não me conhece - fui um pouco ignorante, mas preciso tirar a prova se é real ou não.

- Tem razão - ele falou sem graça. Ok, não faz essa carinha de cachorro perdido, quis dizer. Pensei em esticar o braço e dar um beliscão nele, mas pensando bem isso não iria me ajudar muito. É, ele tá exalando um cheiro forte de uma fragância masculina então talvez seja real.

- Me desculpa eu não pretendia ser grossa. Obrigada por me ajudar - disse tentando desfazer a minha burrada.

- Tudo be... - ele mal tinha terminado de falar quando minha mãe entrou desesperada no quarto com Crag atrás.

- Querida você está bem?- ela dizia quase chorando. Quis acenar pra ela que tinha um super maravilhoso homem do meu lado e que ela tinha que parar com o drama.

- Mãe eu tô bem, pra quê esse desespero? - sorri duramente.

- Quando vou poder te tirar daqui? - ela agarrou minha mão e depositou um beijo no meu rosto. Me segurei pra não revirar os olhos.

-Eu vou chamar a minha mãe, ela é a doutora que está cuidando da Helena e vai explicar melhor a situação. Por sorte ela está aqui perto, com licença - Willian disse se retirando. Adeus sorte.

- Querida o que realmente aconteceu? - minha mãe disparou quando Willian saiu.

- Aconteceu que eu cai e acabei machucando mais ainda o meu joelho, você sabe como eu sou desastrada mãe - Crag nos olhava do canto da sala.

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