Willian apareceu conforme o combinado, e como sempre no horário. Depois de me despedir da minha mãe, sai e fechei a porta atrás de mim, quando me virei, Willian estava me observando escorado no seu carro com um terno e um buquê de rosas na mão. Eu fiquei literalmente parada. Me disseram que um dia, existiu uma coisa chamada ar. E que a gente respirava ele. Bom, ao menos eu estava sem saber o que era isso, porque só me lembrei exatamente o que é, quando Willian sorriu pra mim com os seus lábios perfeitos e seus olhos hipnotizantes. Acho que minha boca ficou um pouco aberta e eu estava quase babando. Mentira, essa última parte foi pra adicionar o meu drama, mas ainda sim, minha boca estava aberta. Fiz minhas pernas funcionarem e fui até ele com o meu melhor sorriso de satisfeita.
- Eu já posso dizer que a minha garota está incrível, ou ela vai ficar me olhando com uma cara abobada? - eu abracei ele. Posso jurar que ele pode sentir as batidas do meu coração passando por todos os nossos tecidos de roupa. Sua fragância cara e embriagadora invadiu os meus sentidos e eu quis me afundar nela. Posso dizer que estou exagerando um pouco, mas Willian parece a perfeição na terra.
- Você está lindo - foi a única coisa que consegui dizer. Me sinto fielmente sortuda por ter ele disponivel pra mim. Ele me olhou nos olhos e me beijou.
- Você está perfeita - ele disse segurando meu queixo e me fazendo olhar aqueles olhos. Ah, aqueles olhos - vem, agora precisamos ir. Tem um lugar que eu quero te levar antes - ele abriu a porta do carro pra mim e eu entrei.
- Onde estamos indo? - disse quando já estavamos no caminho.
- Só espere - franzi o cenho.
- Will - ele continuou dirigindo com um meio sorriso no rosto.
- Calma. Já chegamos - ele parou na frente de um estabelecimento, que pelo visto aparentou ser bem chique. Eu fechei os olhos e suspirei.
- Oh não. Nada de coisa chique. Nem pensar - eu disse avisando.
- Vamos - ele saiu do carro sem ouvir uma palavra minha e abriu a minha porta. Sai e olhei o lugar, que tem enormes portas de vidro, uma cor de vinho e uma atendente com cara de nojenta na entrada. É uma butique. Willian pegou minha mão sem nem se quer me olhar e quando chegamos na porta a atendente abriu um sorriso forçado e falou com uma voz fina.
- Boa noite senhor Vertélles, é sempre um prazer rever o senhor - ela ainda estava com o sorriso mecânico.
- Obrigado - Willian disse friamente e entrou me levando com ele. O lugar era cheio de lustres brilhantes e vitrines com todos os tipos de brilho.
- Willian - sussurrei pra ele entre dentes.
- Agora não - ele disse com um sorriso de quem estava se divertindo.
- Olá Yohana - ele disse pra mulher atrás do balcão de vidro, que tem mais brilhantes. Parece que tem jóias até no teto por aqui.
- Oh querido! - ela abriu um enorme sorriso com rugas ressaltando bastante em seu rosto. Mas de qualquer forma ela tem uma elegância invejável. Ela saiu de trás do balcão abraçando Willian - quanto tempo - ela beijava a bochecha dele.
- eu sei vó - eu meio que abri a boca, mas me impedi de fazer isso pois ela finalmente tinha parado de encher o Will de beijos e agora estava olhando pra mim.
- então essa é a sua namorada? - ela disse vendo as nossas mãos juntas. Eu mordi o lábio inferior.
- Ainda não vó - ele olhou pra mim com os olhos cheios de palavras impronunciadas e eu sorri.
- Olá querida, meu nome é Yohana - ela parecia rir até do vento. Eu sorri e estendi minha mão.
- Helena - ela ignorou minha mão e me abraçou.
