𝑻𝑹𝑬̂𝑺

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                      𝑯𝑶𝑴𝑬𝑵𝑺 𝑴𝑨𝑰𝑺 𝑽𝑬𝑳𝑯𝑶𝑺 𝑺𝑨̃𝑶 𝑴𝑨𝑰𝑺 𝑨𝑻𝑹𝑨𝑬𝑵𝑻𝑬𝑺, eu cheguei a essa conclusão faz alguns meses. Na maioria das vezes, caras com mais de vinte e sete anos são os únicos que chamam a minha atenção, eles se vestem bem e são educados, pelo menos onde eu moro, e sinceramente...eu me sinto muito mais segura desse jeito, imagina sair com alguém e essa pessoa não conseguir te proteger de nada? Supondo que algum maluco apareça e tente fazer graça, eu não quero ter que ser o homem da relação, não fui feita para isso, sou uma garota e garotas não fazem isso, a menos que seja necessário, eu sei me virar sozinha, mas se eu tiver um homem ao meu lado não acho que seja preciso.

— Professor, digo...— Aish...me acostumar com isso vai ser um pouco difícil — Tobirama, quantos anos você tem?

— Quantos anos acha que eu tenho? A maioria das pessoas erram de primeira, eu sou mais velho do que pareço — Ele estava andando do lado da rua, segundos atrás quando subimos na calçada ele imediatamente me guiou até o lado contrário, ele sabe da regra...

— ...vinte e cinco?

— Um pouco mais.

— Sete?

— Vinte e nove, vou completar trinta anos que vêm.

— Caramba...eu não imaginava — Claro que imaginava, eu sei até o dia em que ele nasceu, o ano, o hospital, é por incrível que pareça até a fase em que a lua estava — Você me parece bem jovem — São apenas...onze anos de diferença, nada demais.

— Todos me dizem isso...

— E gosta?

— Bom, parecer sempre jovem não é ruim — Colocou as mãos nos bolsos, o clima estava começando a esfriar, merda...eu devia ter trazido um casaco, ou melhor, eu ia trazer, mas Sakura me garantiu que ficaria quente o dia todo, aquela garota...— Você não está com frio? Digo...seu vestido não é dos mais longos e garotas geralmente são mais sensíveis, deve estar com mais frio do que eu.

— Um pouquinho — Olhei em volta, estávamos perto da loja de conveniência que eu sempre frequento, o dono até me conhece pelo tanto que vou, é um senhor bastante simpático — ...quer ver uma coisa? — Apontei para o terraço da loja — Garanto que é quentinho.

— ...tudo bem, você vai na frente.

             Eu apenas assenti com a cabeça.


[...]



                Quando eu tinha quinze anos o senhor de meia idade abriu essa mercearia, eu comecei a vir todos os dias, até que em uma tempestade eu apareci aqui, meus pais estavam viajando e eu tinha perdido as chaves de casa, o senhor me deixou ficar aqui e como sempre fui curiosa comecei a fuçar em tudo, achei a escada para o terraço depois de alguns minutos, desde então sempre venho aqui quando quero ficar quietinha, é o melhor lugar para pensar.

— Aqui tem uma vista maravilhosa  — Assim que chegamos ao último degrau da escada vimos um terraço todo coberto, havia também um espaço mais fechado com puffs e um sofá gigante, uma mesinha de centro e almofadas coloridas, parece que o senhorzinho arrumou isso aqui ...— Fica a vontade, vem aqui — Segurei o braço dele e o puxei até o sofá junto comigo, me sentei ao lado dele e coloquei uma almofada em cima das minhas coxas — É quentinho por causa da cobertura...

— Sempre vem aqui? Parece um lugar familiar para você.

— Eu apareço de vez em quando, pode vir também se quiser, é a primeira pessoa que trago aqui, pode fazer daqui seu cantinho assim como eu.

 𝑨𝑻𝑬́ 𝑸𝑼𝑬 𝑽𝑶𝑪𝑬̂ 𝑴𝑬 𝑷𝑬𝑪̧𝑨 𝑷𝑨𝑹𝑨 𝑷𝑨𝑹𝑨𝑹Onde histórias criam vida. Descubra agora