𝑨𝑻𝑬́ 𝑸𝑼𝑬 𝑽𝑶𝑪𝑬̂ 𝑴𝑬 𝑷𝑬𝑪̧𝑨 𝑷𝑨𝑹𝑨 𝑷𝑨𝑹𝑨𝑹

𝑵𝑶𝑽𝑬

                   𝑬𝑳𝑬 𝑬́ 𝑴𝑨𝑰𝑺 𝑩𝑹𝑼𝑻𝑶 𝑸𝑼𝑬 𝑶 𝑻𝑶𝑩𝑰𝑹𝑨𝑴𝑨, foi a única coisa que pensei quando senti seus lábios tocarem os meus, eu prometi ficar de olhos fechados e vou cumprir, sinto que se mentisse para ele eu nunca mais o veria, eu quero descobrir sozinha...sem ele ter a mínima ideia de que eu sei.

              — Você parece muito empenhado em não me deixar saber...— Falei enquanto o abraçava, ele tem cheiro de amêndoas e laranja...—...tudo bem não querer conversar comigo, mas isso é torturante...— Ele me abraçou mais forte — Eu realmente espero que tenha um bom motivo ...— Senti sua mão cobrir meus olhos que ainda estavam fechados, ele me beijou suavemente, dando selinhos ao redor do meu rosto e dando uma puxadinha no meu lábio inferior, tem gosto de morango...— Daichi...

— ...

— Ok...— Isso é ridículo...— Eu não quero mais sair, fique atrás de mim, quero ir para casa...— Eu não esperei muito para abrir os olhos, mas eu não o vi...— Entendo que tenha medo de ser rejeitado...— Falei, eu ainda o sinto atrás de mim...— Mas é muita maldade, se não pensa em se abrir comigo então não me mande mais mensagens, vou bloquear você.

           De alguma forma dizer isso dói para caralho...

— Eu me cansei da brincadeira — Deixei ele lá sozinho e entrei em casa, fechei a porta sem olhar para o lado de fora e me encostei na parede ao lado— Que droga...— Eu deveria voltar a dar mais atenção ao Tobirama, pelo menos com ele eu sei com quem estou  lidando...— Eu te odeio Daichi!

              Peguei meu telefone e olhei a barra de notificação, ele...

       "Daichi: A gente se vê amanhã na escola, tá? Por favor, não fique brava comigo, eu não posso agir como eu quero, então não fuja de mim..."

            — Você é injusto para cacete...

[...]

   

                    Eu não queria estar aqui, não queria estudar e muito menos fazer uma prova surpresa de física, eu odeio tudo isso...

— Merda...— Encarei a folha à minha frente, haviam apenas cinco questões... só cinco...e eu não tinha a mínima ideia do que responder, talvez eu soubesse algo, mas minha mente estava tão distante que eu mal conseguia ler as palavras — Quero ir para casa...

—...tudo bem?— Itachi perguntou ao meu lado— S/n?

—...talvez...

— Parece estar com a cabeça cheia...

— Um pouco.

— Não consegue se concentrar?

                    Ele não vai parar de falar?

— Itachi eu só...eu só quero ficar quieta, tá? Agradeço a preocupação mas não precisa...— Me levantei da cadeira e caminhei até a porta da sala, preciso de ar...e esse lugar definitivamente não vai me ajudar com isso.

— S/n? Onde está indo?— Madara me parou — Estamos no meio de uma prova, volte para o seu lugar.

—...eu não tô afim de continuar aqui — Mesmo com ele falando eu o ignorei, abri a porta da sala e fui andando até a biblioteca, preciso de silêncio...preciso desesperadamente deixar minha mente limpa...— Não consigo prestar atenção em nada agora — Fui até o último corredor repleto de livros e me sentei no cantinho da parede, espero que ninguém me incomode aqui — ...porra Daichi...