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Em completo silêncio, observo a menina vestida de boneca cuidando do pai

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Em completo silêncio, observo a menina vestida de boneca cuidando do pai. Realmente, a pequenina é delicadinha como uma bonequinha. Tudo nela é pequeno e parece suave.

— Ai, papai em que se meteu dessa vez?

— Je... Je... fi... — ele murmura.

Para a minha infelicidade antes dele dizer o nome dela, ela o interrompe:

— Shhh... Fica quietinho. Foi uma pergunta retórica. O senhor ultimamente só anda se metendo em encrencas.

Ela passa uma toalhinha molhada que pegou na cozinha e passa no rosto dele.

Em meio aos cuidados da garota, o homem sucumbe a dor e desmaia.

— Papai!!! — Ela fala desesperada.

— Acalme-se! — peço. — Ele só desmaiou.

Uma lágrima solitária escorre pelo rosto da moça que agilmente a limpa.

— Acho que ele não aguentou a dor.

— Uma dor infligida pelo senhor — a garota fala com raiva.

Será que esse pinguinho de gente sabe com quem está falando?

— Acredite, bonequinha — falo o apelido debochando — peguei leve com ele.

— Se isso é pegar leve...

— Espero que não precise pegar pesado com ele, porque te garanto que toalhinhas e gelo não vão ajudar em nada se isso acontecer.

Consigo o meu intento, porque o semblante desafiador e zombador do rosto bonito e delicado muda para preocupado e temeroso.

— E... e... eu... — ela gagueja segurando a cabeça do pai.

Passo a mão no cabelo, pensanddo que gagueira deve ser algo hereditário.

Não gosto de vê-la tão vulnerável.

Puta merda!

Que caralho é esse que estou pensando???

Nem conheço essa garota e fico pensando que não gosto de vê-la fragilizada. Que porra é essa???

Sem me conter vou até ela e ela se retrai, o que pode, com o rosto do pai no colo.

Solto um suspiro de frustração.

— Acalme-se bonequinha. Só vou te ajudar com seu pai.

Ela me olha confusa e surpresa.

E eu até a entendo. Também estou surpreso e confuso comigo mesmo. É muito louco o homem que deixou o pai dela estropiado querer ajudar. Mas algo dentro de mim me impulsiona a ajudar essa garota com seu o pai. Pelo menos para levá-lo até o quarto.

Com agilidade e precisão levanto o homem mais velho.

— Me mostre o quarto dele.

Ainda surpresa ela se levanta também e vai na frente mostrando o caminho.

JOGADA VORAZOnde histórias criam vida. Descubra agora