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Capítulo 1: O Pesadelo de Meia Noite

*MEIA NOITE*

Eu me ajoelho diante da lápide de Luna, meu coração pesado de remorso

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Eu me ajoelho diante da lápide de Luna, meu coração pesado de remorso. As palavras de desculpas escapam dos meus lábios, ecoando entre os túmulos silenciosos. "Sinto muito, Luna", murmuro, sentindo o peso da culpa esmagando meu peito. "Sinto muito por tudo."

Ela não pode me ouvir, é claro. Ela se foi, levada pela escuridão que eu inadvertidamente desencadeei. Traí sua confiança, assim como seu próprio pai fizera antes de mim. E agora, estou aqui, encarando a fria realidade da sua partida prematura.

Cassiana está ao meu lado, sua presença reconfortante trazendo um lampejo de leveza à minha alma sobrecarregada. Mas mesmo nas sombras do cemitério, eu não posso deixar de notar seus lábios carnudos e seus peitos avantajados, como se eles próprios estivessem tentando me distrair do peso da minha própria consciência.

"Vamos embora, Meia Noite", ela me chama suavemente, interrompendo meus devaneios. "O final de semana está apenas começando. As coisas vão melhorar, você vai ver."

Com um último olhar para a lápide de Luna, eu me levanto e sigo Cassiana em direção ao nosso carro, um Celta modesto que alugamos para o final de semana. Eu me acomodo no banco do carona, deixando meu olhar vagar para fora da janela enquanto o mundo passa por nós.

Então, o pesadelo começa.

Um espelho negro se forma diante dos meus olhos, refletindo a face pálida e assombrada de Luna. Vejo sua artéria sendo cortada, o sangue jorrando sem controle. Ela desaparece na escuridão, e de repente estou com ela, nu e vulnerável, afundando em um pântano sombrio, cercado por pinheiros retorcidos.

"Lucifer virá por você", ela sussurra, seu olhar vazio fixo nos meus. "Ele virá pessoalmente por você, Meia Noite."

Eu acordo sobressaltado, o suor cobrindo minha testa. Cassiana se assusta ao volante, quase perdendo o controle do carro. "O que foi, Meia Noite?" Ela pergunta, preocupada.

"Não foi nada", eu respondo, forçando um sorriso. Mas no fundo da minha mente, eu sei que não foi apenas um sonho. A sombra de Luna e suas palavras ecoam dentro de mim, me atormentando enquanto seguimos em frente, em direção ao desconhecido da nossa casa de veraneio.

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