"SOMBRAS E SEGREDOS: As Sombras de Pazuzu"
Em "As Sombras de Pazuzu," o houngan voodoo Meia Noite, atormentado pelo remorso da morte de uma maga wicca, busca refúgio em uma cabana isolada com sua namorada, Cassiana. No entanto, forças malignas desp...
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A noite estava fria e silenciosa quando chegamos à cabana. O carro de Edgar parou ao lado da velha e rústica casa de madeira. A lua iluminava a clareira, lançando sombras estranhas que pareciam dançar ao nosso redor. Algo não estava certo. Desde que nossos pais haviam desaparecido, um pressentimento de desastre pairava sobre nós, e eu estava determinada a encontrar respostas.
"Tem certeza de que é aqui?" perguntei a Edgar, meu namorado, enquanto saíamos do carro. Ele assentiu, parecendo tão preocupado quanto eu.
"Sim, é o lugar certo. Precisamos ser rápidos. Não gosto do que estou sentindo," respondeu ele, segurando minha mão por um breve momento antes de irmos em direção à porta da cabana.
Minha irmã, Vanessa, e seu marido, Roberto, estavam logo atrás de nós. Vanessa estava visivelmente nervosa, mas tentava manter a compostura. Eu, por outro lado, estava pronta para enfrentar qualquer coisa. Sempre fui inconsequente e destemida, características que muitas vezes me colocaram em problemas, mas também me tiraram deles.
Edgar abriu a porta lentamente, e a escuridão do interior nos envolveu. Acendemos nossas lanternas, e o feixe de luz cortou a escuridão, revelando a velha mobília empoeirada e as paredes cobertas de mofo.
"Tem alguém aqui?" gritei, minha voz ecoando pelo espaço vazio. Nenhuma resposta. Avancei, determinada a não deixar o medo me dominar. "Vamos procurar pistas. Algo aqui deve nos dizer onde nossos pais foram."
Começamos a vasculhar a cabana. Vanessa e Roberto ficaram na sala principal, enquanto Edgar e eu subimos as escadas. Ao chegar no topo, algo imediatamente chamou minha atenção: uma sala cheia de símbolos estranhos e runas antigas. No centro, havia um grande espelho quebrado.
"Edgar, olha isso," sussurrei, apontando para o espelho. "O que você acha que aconteceu aqui?"
Antes que ele pudesse responder, ouvimos um barulho vindo de baixo. Gritos e ruídos de luta. Corremos de volta para o andar térreo, onde encontramos Vanessa e Roberto lutando contra... zumbis. Criaturas grotescas de olhos vazios e corpos em decomposição, vestidos com roupas rasgadas e cobertas de sangue seco. Suas peles estavam esverdeadas e em decomposição, pedaços de carne pendendo de seus ossos expostos. O cheiro era insuportável, uma mistura de morte e podridão.
"Meu Deus!" Vanessa gritou, tentando afastar uma das criaturas com uma cadeira. Roberto estava com uma faca, mas os zumbis continuavam avançando, implacáveis.
"Edgar, ajude-os!" ordenei, correndo para a cozinha e pegando a primeira coisa que encontrei - um machado velho e enferrujado. Voltei correndo, balançando o machado e acertando um zumbi na cabeça. Sangue escuro e viscoso jorrou, mas eu continuei, determinada a proteger minha família.
O zumbi que eu atingi tinha metade do rosto faltando, revelando um crânio amarelado por baixo. Seus olhos, ou o que restava deles, eram duas órbitas negras cheias de insetos rastejantes. Outro zumbi se aproximou, arrastando uma perna mutilada, suas unhas longas e quebradas tentando me agarrar.
"Não vamos conseguir segurar por muito tempo!" gritou Roberto, cortando a perna de outro zumbi. "São muitos!"
Edgar lutava bravamente ao lado de Vanessa, mas a situação parecia desesperadora. Então, algo estranho aconteceu. As criaturas de repente pararam, como se estivessem esperando por algo. A porta da cabana foi aberta com um estrondo, e uma figura desconhecida entrou. Um homem alto, vestido de preto, segurando uma espingarda.
"Vocês precisam sair daqui, agora!" ele gritou, apontando para a escada. "Eles estão vindo por nós!"
"Quem é você?" perguntei, confusa e desconfiada. Não tínhamos ideia de quem era esse estranho, mas sabíamos que a situação era séria.
"Não importa agora," disse ele, parecendo urgente. "Precisamos nos defender. Subam as escadas!"
Sem hesitar, seguimos suas ordens, correndo para o segundo andar. A batalha estava apenas começando, e cada um de nós estava disposto a fazer o que fosse necessário para sobreviver e salvar aqueles que amamos.
