Capítulo 6 - No Ponto de Vista de Verônica
*VERÔNICA*
Lembro-me do tempo em que esta cabana era um refúgio de felicidade para nossa família. Meu pai, um arqueólogo apaixonado por antiguidades, costumava passar horas aqui com minha mãe, explorando a região em busca de artefatos perdidos. Mas tudo mudou quando ele desapareceu misteriosamente, deixando para trás apenas perguntas sem resposta.
Na infância, Sofia sempre foi minha protetora. Ela me salvava dos valentões da escola e me acalmava quando as coisas ficavam difíceis. Agora, aqui estamos nós, enfrentando um perigo muito maior do que qualquer um de nós poderia ter imaginado.
Depois de ouvir a explicação de Meia Noite sobre os acontecimentos estranhos que assolavam a cabana, o estrondo no andar de baixo nos tirou de nossos pensamentos. Descemos as escadas apressadamente, apenas para nos depararmos com uma visão terrível.
O que um dia deve ter sido Cassiana a mulher de Meia Noite, agora completamente transformada, estava no pé da escada, bloqueando nossa única saída. Seus olhos vazios pareciam olhar para a alma de cada um de nós, enquanto um sorriso distorcido brincava em seus lábios.
Zumbis começaram a invadir a cabana, arrastando-se pelo chão com um movimento desajeitado e gemidos guturais. O cheiro de morte e decadência encheu o ar, tornando difícil respirar. Nosso grupo se preparou para a batalha iminente, cada um de nós segurando uma arma improvisada.
"Sofia, temos que encontrar uma maneira de sair daqui!" exclamei, procurando desesperadamente por uma rota de fuga.
"Eu sei, Verônica," respondeu Sofia, sua voz soando firme apesar do medo em seus olhos.
Meia Noite murmurava encantamentos vodu, tentando controlar as criaturas, mas sua magia parecia impotente diante da força dos mortos-vivos.
"Não está funcionando! Precisamos encontrar outra maneira de detê-los," disse Meia Noite, frustrado.
"Roberto, mantenham-se juntos e protejam um ao outro. Vamos tentar abrir uma passagem," ordenou Edgar, enquanto recarregava sua espingarda.
"Estamos com você, Edgar," respondeu Roberto, pronto para enfrentar qualquer desafio que viesse em seu caminho.
Vanessa, tremendo de medo, recuou para um canto da sala, incapaz de se mover ou reagir.
"Por favor, não me deixem aqui!" gritei, enquanto os zumbis se aproximavam eu me encolhi contra a parede tremendo.
A batalha foi feroz e sangrenta. Roberto brandia seu machado com força, cortando os zumbis com precisão enquanto lutava para me proteger, que tremia de medo em seu canto. Sofia avançava corajosamente com sua faca, retalhando as criaturas implacáveis com golpes precisos. Meia Noite, desesperado, continuava a murmurar seus encantamentos vodu, tentando controlar as criaturas que se aproximavam, mas sua magia parecia patética diante do horror que se desenrolava. Era só luzes fracas.
Enquanto os zumbis avançavam, eu pensava só na minha família, Pai, Mãe e filha, determinada a protegê-los a qualquer custo. Cada golpe era uma luta pela sobrevivência, cada grito uma expressão de medo e coragem misturados. O cheiro de sangue e morte permeia o ar, mas ainda assim eles continuam a lutar, alimentados pela esperança de que conseguiríamos superar esse pesadelo vivo.
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SOMBRAS & SEGREDOS 2: As Sombras de Pazuzu
Horror"SOMBRAS E SEGREDOS: As Sombras de Pazuzu" Em "As Sombras de Pazuzu," o houngan voodoo Meia Noite, atormentado pelo remorso da morte de uma maga wicca, busca refúgio em uma cabana isolada com sua namorada, Cassiana. No entanto, forças malignas desp...