Flawless- Theodore Nott

𝔾𝕠𝕠𝕕 𝕝𝕦𝕔𝕜 𝕥𝕣𝕪𝕟𝕒 𝕞𝕒𝕟𝕒𝕘𝕖 𝕚𝕥

_______________Phoenix_______________

Depois daquela semana do baile eu e Theo estávamos mais próximos do que nunca, se é que posso dizer assim, não sei o que nos ocorria, mas qualquer que fosse o lugar, arrumávamos um jeito de nos esconder e acabávamos aos beijos por cada canto do castelo, armários de vassoura, salas de aula vazias, vestiário do time de quadribol, o quarto dele, a comunal de madrugada e qualquer sala vazia a vista . Como se fossemos dois imãs, incapazes de reter o desejo de se aglutinar em um espaço, seja qual fosse ele.

Algumas coisas mais acontecem ao nosso redor, um artigo publicado por Rita Skeeter com a "novidade" de que Rúbeo Hagrid é um meio gigante, que chocou total de zero bruxos que o tivessem visto pessoalmente. Entretanto essa palhaçada toda fez o professor ser afastado do cargo pela segunda vez desde que entrei nessa escola.

Certamente eu começaria a pensar que a minha vinda a essa escola está terrivelmente amaldiçoada se eu não soubesse, com toda certeza, que no fim o único a azarar todos nós com sua incrível maré de azar é Harry Potter.

Sejamos sinceros, o namoradinho do meu primo só se mete em confusão, é quase que um consenso em Hogwarts que todos os problemas que rondam os terrenos do lugar e em suma o mundo bruxo se relacionam a aquele garoto magricela de óculos da grifinória. Talvez seja esse o motivo de todo mundo odiá-lo e amá-lo tão intensamente, ele sempre parece ser o centro de tudo como um maldito protagonista, carregando essa aura fascinante e sombria de ser o único a sobreviver a uma maldição imperdoável ao derrogar Voldemort de alguma forma mesmo sendo apenas um bebê.

O maior exemplo das burradas que o menino que sobreviveu se mete é a sua participação clandestina do torneio tribruxo.

Só espero que ele lide com as confusões que se mete por pura burrice ou azar e ninguém saia machucado disso.

Independentemente de qualquer coisa, decidi não deixar Draco perturbar Potter com a questão do amigo meio-gigante, dando uns puxões na orelha dele quando passava dos limites nos comentários ou queria propagar algum conceito puro-sangue de merda.

E no fim das contas quem seria eu ou meu primo para julgar as origens do professor?

Meus pais são comensais da morte os de Malfoy também, isso é 100% pior, é passível de preconceito na minha opinião.

Enfim, tudo estava começando a se complicar ao nosso redor, como habitualmente acontecia a cada ano nessa escola, enquanto a segunda tarefa não chegava, a jornalista do Profeta Diário foi proibida terminantemente de pisar os pés na escola, Berta Jorkins (uma funcionária do ministério pelo que sei) sumiu sem deixar rastros o que preocupa maioria dos adultos que presenciaram o show de horrores na copa de quadribol e trabalham no ministério, com exceção dos meus tios e os envolvidos por debaixo dos panos com Voldemort.

Em alguma manhã aleatória, me lembro de esbarrar em um professor Moody apressado segurando o Mapa do Maroto, era estranho pela primeira vez estar sozinha com o homem, Theo estava enviando uma carta para a mãe que era objeto de sua preocupação a semanas.

-Senhorita Lestrange...-ele me deu um sorriso estranho enquanto me ajudava a recolher meus livros caídos no chão.-Eu estava mesmo procurando você...

Os corredores estavam especialmente sombrios mesmo iluminados por tochas nas masmorras de Hogwarts, observei Alastor com um misto de ceticismo e desconfiança.