ℍ𝕠𝕨 𝕔𝕠𝕦𝕝𝕕 𝕪𝕠𝕦 𝕥𝕖𝕝𝕝 𝕞𝕖 𝕥𝕙𝕒𝕥 𝕀'𝕞 𝕘𝕣𝕖𝕒𝕥

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_______________Phoenix_______________

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_______________Phoenix_______________

Era uma casa extremamente sombria por dentro, a dos Nott, ainda mais com as cortinas todas fechadas e os elfos domésticos chorosos pela perda de sua dona. A escuridão preenchia cada canto da mansão, amplificada pelo silêncio opressor e pelo ar de tristeza que pairava no ambiente. Os móveis, de estilo italiano, que outrora conferiam um ar de elegância e sofisticação ao lugar, agora pareciam espectros melancólicos na penumbra, como se absorvessem a dor da ausência da senhora Nott.

Apesar da atmosfera lúgubre no interior, o exterior da mansão era incrivelmente belo. Situada às margens de um rio de correnteza lenta, a construção possuía um píer que se projetava graciosamente sobre as águas, proporcionando uma vista serena e tranquilizadora. O gramado verde-esmeralda, sempre bem cuidado, estava repleto de flores silvestres que a senhora Nott provavelmente havia plantado com carinho. Esse contraste entre a beleza exterior e a tristeza interior era marcante, quase surreal.

Quando chegamos os três naquele lugar, Theo, mantinha um rosto impassível, escondendo suas emoções por trás de uma máscara de indiferença. Ele trocou curtas palavras conosco, informando que precisava de um tempo sozinho no quarto de sua falecida mãe. Foi um pedido claro, quase uma súplica silenciosa para ser deixado em paz, para que pudesse lidar com seu luto à sua maneira. Respeitamos seu desejo e o vimos se afastar lentamente, cada passo dele parecia ecoar a profundidade de sua dor. Enquanto ele se retirava, nós permanecemos ali, sentindo o peso do momento e a inevitável tristeza que compartilhamos, cada um em seu próprio silêncio reflexivo.

-Bem...acho que vou procurar o quarto que botaram minhas coisas...quando ele estiver melhor... vai te procurar com certeza- falou meu prime botando a mão no meu ombro por um segundo como se tentasse me reconfortar e logo ele subiu a escadas chamando um elfo com um ar de superioridade de sempre.

Resolvi explorar a propriedade por um tempo, tentando dissipar a inquietação que sentia ao ver Theo tão devastado. Andei por um pedaço da orla do lago, sentindo a brisa suave e fresca acariciar meu rosto. A beleza serena do lugar contrastava fortemente com a melancolia que dominava meus pensamentos.

O reflexo das árvores na água calma, as folhas balançando gentilmente ao vento, tudo parecia uma pintura de tranquilidade, mas meu coração estava pesado com a preocupação pelo garoto que eu gosto.

Theodore estava isolado no quarto, completamente magoado pela dor da perda de sua mãe, e isso me preocupava profundamente. De vez em quando, eu me percebia olhando para a janela do quarto em que acreditava que ele estivesse. Ficava ponderando se deveria me intrometer, se deveria subir e tentar confortá-lo de alguma forma. Mas, a cada vez que essa ideia surgia, eu desistia rapidamente.

Sabia que ele precisava de espaço, de um tempo para processar seus sentimentos, mas a vontade de estar ao lado dele, de oferecer algum consolo, era quase irresistível.

Enquanto caminhava, esses pensamentos continuavam a me assaltar. Era uma luta interna constante: o desejo de ajudá-lo versus o respeito por seu espaço e pelo seu luto. Olhava para a janela repetidamente, na esperança de talvez vislumbrar algum sinal de que ele precisava de mim, mas nada mudava.

Flawless- Theodore NottOnde histórias criam vida. Descubra agora