𝕱𝖑𝖆𝖜𝖑𝖊𝖘𝖘 | Ser parte de uma das famílias dos sagrados 28 nunca tornou a existência de Phoenix Lestrange mais fácil, a garotinha jamais conhecera seus pais, estes estavam presos desde que era um bebê em Azkaban pagando caro por serem...
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_______________Phoenix_______________
Entrar no quarto de Severo Snape no meio da noite é um pedido de morte explícito para qualquer um que tivesse o mínimo de noção do perigo, mas o que acontece é que a situação era de uma urgência tamanha que mesmo sendo perigoso o risco não era maior do que manter aquele objeto amaldiçoado colado ao meu corpo. Eu estava disposta a lidar com quaisquer que fossem as consequências e Nott parecia possuir a mesma linha de raciocínio que a minha,
A primeira impressão quando abrimos as portas do carvalho do quarto do professor é de um ambiente sombrio e austero, refletindo sua personalidade intrinsecamente sombria e misteriosa. As paredes são revestidas com pedra fria e úmida como as que se espalham por todas as masmorras e a comunal da minha casa, mas com uma escuridão monótona e um grau de limpeza excessivo, dando uma sensação de permanência e solidão. Não há janelas, o que só torna a escuridão no cômodo algo mais latente e incômodo, o ambiente completamente abafado que provavelmente só não possui cheiro de mofo pela utilização de feitiços no ambiente fechado.
As prateleiras estão repletas de frascos das mais variadas poções e ingredientes que nunca vi em qualquer outro lugar, mesmo na sala de poções um dos maiores estoques desse tipo de coisa da Europa provavelmente, ou livros em que estudei, organizados meticulosamente em um alinhamento que zombava da palavra perfeccionismo em todas as línguas do mundo, cada um etiquetado com precisão em ordem alfabética e por cor.
Os livros, muitos deles antigos e empoeirados, ocupam a maior parte do espaço em prateleiras que iam do teto até o piso escuro de pedra escura. São volumes sobre poções, artes das trevas e feitiços complexos, com uma aparência gasta e amarelada como se tivessem sido lidos e relidos inúmeras vezes.
Consigo entender a obsessão dele...
A mobília é minimalista: uma cama estreita de madeira escura, com uma colcha simples, e uma escrivaninha desgastada pelo tempo, onde se encontram pilhas e pilhas de papéis organizados de forma quase que perfeita. Há também uma cadeira de madeira dura, nada confortável, mas adequada para alguém que raramente se senta para relaxar como deve ser o caso do professor de poções.
O ar é carregado com o aroma persistente de ervas secas e poções em fermentação, um cheiro que muitos semi-desagradável, mas quase familiar, lembra a sala de poções. Em um canto, há um pequeno armário onde vestes e mantos negros, se encontram prontos para serem usados.
Em suma, o quarto é um reflexo fiel de quem ele é: funcional, organizado e um pouco intimidante, sem qualquer esforço para ser acolhedor ou convidativo.
Lugarzinho mais estranho viu?
Agora, não sei dizer exatamente qual é a pior coisa de toda essa situação de agora, se é constatar que o objetivo de nossa saída clandestina depois do toque de recolher não está aqui onde deveria estar ou o fato de não poder me comunicar com o meu parceiro de crime para que qualquer que seja o bruxo, provavelmente um dos meus pais ou ambos, que implantou esse provável objeto amaldiçoado espião no meu braço não descubra o que estamos fazendo e tente impedir a retirada dessa maldita serpente do meu corpo.
