𝐔𝐌 𝐏𝐎𝐔𝐂𝐎 𝐌𝐀𝐈𝐒 𝐏𝐄𝐑𝐓𝐎...

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Não sei quanto tempo passei chorando em seu ombro, só me dei conta quando me afastei e vi a mancha escura enorme das minhas lágrimas em sua blusa, provavelmente não só por causa do que me contou, mas por tudo que havia acontecendo

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Não sei quanto tempo passei chorando em seu ombro, só me dei conta quando me afastei e vi a mancha escura enorme das minhas lágrimas em sua blusa, provavelmente não só por causa do que me contou, mas por tudo que havia acontecendo. Mesmo assim me senti envergonhada porque nunca demonstrava fraqueza ao ponto de chorar na frente de alguém, muito menos de um cara que eu sequer tinha intimidade. Até nos dias em que meus pais brigavam, eu me escondia dentro do meu pequeno guarda-roupa e chorava baixinho. Minha mãe quando descobriu, passou a me abraçar todas as vezes que isso acontecia e sei que aproveitava para se permitir chorar também.

Afastei Matias um pouco para longe, me recusei encará-lo, meu rosto devia está horrível e não que isso importasse, mas mesmo assim não queria que o visse.

— Desculpa... - ele pediu baixinho.

Eu não respondi e não responderia também. Não diria que estava tudo bem, porque não estava. Naquele momento, só sentia raiva e enjôo. Matias estendeu a mão para tocar meu ombro, mas desistiu no meio do caminho e deixou a cabeça pender para baixo.

— Olha, eu sei que...

— Matias, você não sabe de nada! Quero que acabe logo com essa merda e me leve para casa! - exigi.

— Élise... - chamou e eu continuei em silêncio.

— Você deve ficar aqui, Élise.

Pierre disse assim que entrou na sala, caminhando em minha direção com os braços cruzados e sobrancelhas juntas. Olhei para ele enfurecida, porque diabos não poderia voltar para casa?

— Você está correndo perigo, todos nós estamos. Não iremos te deixar sair daqui até que esteja segura. - disse.

— É sério isso? - soltei uma risadinha sarcástica.

— A não ser que queira ser assassinada... - vendo minha relutância, passou o polegar na garganta e eu engoli seco.

Se eles estivessem mesmo falando a verdade, nem a polícia poderia resolver a situação. Lembrei de Pietro sorrindo para mim com sede de matança, um arrepio percorreu minha espinha e a marca perto da minha clavícula me incomodou. Eu precisava tomar uma decisão, mas o problema é que sempre fui péssima nessa questão. Apesar disso, decidi fazer o que achava certo, se tinha que encarar meu destino, não o faria de braços cruzados.

— Eu fico... mas com uma condição.

— E qual seria sua condição? - Matias perguntou.

— Que me contem tudo o que sabem.

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𝐌𝐚𝐠𝐢𝐚 𝐜𝐨𝐦 𝐂𝐚𝐧𝐞𝐥𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora