Capítulo 2

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SHU KURENAI

Assim que entrei no quarto, foi inevitável olhar tudo à minha volta. Eu nunca estive tão nervoso em toda a minha vida.

Dahaki — E então, como quer começar, Kurenai? — A loira levantou os braços, se esticando preguiçosamente.

Eu não tinha pensado bem. Sou virgem, sou inexperiente e isso é óbvio, não sei nem o que fazer e isso me deixa nervoso, me deixa envergonhado não saber o que fazer em uma situação como esta, a situação em que eu mesmo me coloquei.

Shu — Não sei... eu... eu não sei. — Olhei para a cama, confuso, pensativo, envergonhado. Milhões de sentimentos e apenas uma pergunta.

"Por que me envolvi em algo que não consigo suportar?"

Talvez, a emoção do momento de ver o sentido por trás de suas palavras me fizeram agir por um mero impulso momentâneo, levado pelas emoções e pelo desejo de aprender, de saber mais, a minha curiosidade me trouxe até esse quarto com essa mulher. Agora cabe à mim tomar frente disso, ou à ela.

Dahaki — Ah, esqueci que você é virgem. Desculpe por isso, mas, não tem realmente nenhuma experiência? Nem com vídeos? — Seu tom de voz é genuinamente confuso e curioso, ela não estava me zombando, estava averiguando meu nível de conhecimento sobre o assunto, que infelizmente era quase nulo.

Shu — Eu sempre achei esses vídeos nojentos, não tive nenhum contato com esses conteúdos pornográficos durante a minha vida, apenas escutava conversas que eram muito pouco detalhadas entre alguns amigos e colegas.

Dahaki — Entendi... então está disposto a aprender do zero, não é? — Agora sim era tom de zombaria, ela tem um sorriso descarado que faz aqueles olhos verdes se tornarem ainda mais travessos do que já eram naturalmente.

Shu — Sim. Estou disposto a aprender se você estiver disposta a me ensinar. — Tentei transparecer a minha seriedade para com o assunto, mas ela somente riu da minha cara.

Dahaki — Primeira coisa, senta na cama e relaxa. Você não está em um treinamento do exército, por que está tão sério? Eu já te falei, sexo é simples, é fácil e não é algo grandioso, você só faz o que nasceu para fazer. — A voz dela era cheia de malícia, assim como aquele sorriso que ela deu ao se aproximar e sentar no meu colo, tomando meus lábios em um beijo repentino.

A boca dela é macia, muito macia. Em momento algum ela usou a língua, diferente do cunho sexual que eu pensei que isso tomaria, não, ela apenas chupava meus lábios às vezes, dava selinhos e acariciava meu rosto com aquelas mãos finas, delicadas e pecaminosas. Essas mesmas mãos que estavam no meu rosto, em instantes foram parar no meu peito, tirando o meu paletó e afrouxando a minha gravata, sem parar de se mover, as mãos dela foram para a minha calça e tiraram o meu cinto. Estávamos indo rápido demais? Ou será que eu sou lento demais para o ritmo dela? Parecendo perceber o que eu estava pensando, ela se afastou um pouco, me olhando de cima a baixo. Eu devo estar uma bagunça agora. Os cabelos bagunçados, a boca... deve estar suja, aposto que está suja porque a boca dela está borrada de batom. O sorriso no rosto dela ao ver como estou deplorável, foi uma cena inesquecível, uma memória inapagável. Então foi aí que ela começou a me ensinar. Sem palavras, apenas com o olhar, ela conduziu a minha mão até o zíper de seu vestido.

"É para eu tirar, certo?"

Me asseguro no pensamento, respirando fundo e deslizando o zíper devagar para baixo. Puxei as alças de seu vestido para fora dos ombros, deixando que o tecido escorresse como água pelo seu corpo, até os quadris, revelando seu sutiã de renda. É branco. Minhas mãos percorreram suas costas, por puro instinto, em busca do fecho do sutiã. Ela sorriu com orgulho, como se eu estivesse fazendo um bom trabalho. Eu desatei o fecho de seu sutiã, repetindo o mesmo que fiz com as alças do vestido, ela levantou os braços e eu puxei o tecido até que a peça estivesse jogada em algum canto do quarto. Seus seios são enormes. São redondos, com os mamilos e as aureolas de seus seios de uma cor caramelizada. Parece ser doce, parece tão doce. Meus olhos subiram após encarar por um longo tempo. Ela me deu um beijo, beijou meu pescoço e desabotoou a minha camisa, tirando-a de vez. Quando ela tentou tirar a gravata, ri de seus resmungos irritados quando ela teve problemas em desatar o nó e falhava pela certa brutalidade em que ela puxava, quase me enforcando no processo. Tomei sua mão com uma minha, enquanto a outra desatou o nó da gravata com que ela tanto lutava, tirando-a e jogando para outro lado aleatório. Peças de roupa estavam voando por esse quarto, parando em alguns cantos ali e aqui até que estivéssemos no fim nus. Ela pegou uma camisinha na bolsa dela e não pude evitar o questionamento que surgiu em minha cabeça.

Defina o relacionamento (Short-fic Shu Kurenai)Onde histórias criam vida. Descubra agora