Ela é uma bagunça. Desastrada e apocalíptica. Um furacão.
Ele é calmo. Organizado e até um pouco perfeccionista.
Dahaki queria possuí-lo, o queria para si como seu novo brinquedo, um bichinho de estimação.
E Shu estava mais do que disposto a se entr...
O dia seguinte à nossa viagem amanheceu ótimo. Acordamos cedo e fomos para o restaurante do hotel tomar o café da manhã, depois aluguei um carro e colocamos nossas malas, indo para a cidade de Grindelwald. O caminho todo ficamos escutando as músicas que ela tinha baixado, ela cantava animada a música toda e eu só participava um pouco no refrão. Logo chegamos à cidade, que parece linda, como condiz com toda a sua fama. O pequeno chalé onde ficamos, é aconchegante, acolhedor e confortável. Espaçoso, porém não tanto para não ficarmos distantes um do outro.
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Dahaki — Awn... tem galinhas e ovelhas! — Aponta para os cercados perto da casa. — E cavalos! — Sorri com sua animação.
Shu — Me ajude a descer as malas, depois podemos explorar os arredores. — Ela se animou, me ajudando a pegar as malas e levar para dentro do chalé.
Colocamos na suíte, no closet e começamos a desfazer. Depois de deixar tudo arrumado, saímos do chalé.
Dahaki — Awhn, que gracinha... — Entra no cercado de ovelhas, acariciando os pelos dela. — Tão macias, posso deitar por cima?
Shu — Não pode. — Sorri, vendo sua animação com os bichinhos. — Temos que ir na cidade comprar comida, podemos aproveitar e almoçar por lá. Vamos? — Dahaki pulou a cerca rapidamente e entrou no carro.
Dahaki — Saco vazio não para em pé mesmo. — Bate na barriga.
Dirigi até a cidade, um pouco afastada do chalé que aluguei para que tenhamos mais privacidade. Assim que chegamos, fomos primeiramente à um restaurante popular.
Shu — O que vai querer pedir? — Ela estava olhando o cardápio, mas então largou e me olhou com uma expressão entediada.
Dahaki — Traduza? Por favor. — Virou em minha direção o cardápio escrito em alemão.
Peguei meu celular e escaneei com o detector de idioma, traduzindo e entregando o celular para ela ler.
Shu — Vou querer o prato de número 2. — Era uma macarronada com queijo.
Dahaki — Eu quero carne de porco. — Disse, com um sorriso enorme.
Fiz o pedido, em alemão, para a garçonete que veio nos atender. Dahaki ficou com uma cara de choque enorme.
Shu — O que foi? — Questiono assim que a garçonete sai de perto.
Dahaki — Você fala alemão? — Pergunta, quase sem voz.
Shu — Falo.
Dahaki — Quantos idiomas você fala?
Shu — Espanhol, japonês, alemão, mandarim e inglês, inglês britânico e americano. — Ela pareceu derreter na mesa.
Dahaki — Porra... que isso? — Deitou a cabeça na mesa, abismada. — Ser rico é foda mesmo... — Murmura.
Shu — Eu não nasci rico, nasci classe média, estudei muito. — Ela levantou a cabeça.
