Defina o relacionamento (Short-fic Shu Kurenai)

Capítulo 5

SHU KURENAI

Eu estava nervoso, muito nervoso. Haviam mais de 30 minutos de atraso e eu detesto atrasos. Dahaki me chamou apenas para me deixar esperando? Não é possível. Me vesti casualmente pois não faço a menor ideia de seus interesses ou de onde ela planeja me levar, apenas sei que ela marcou um lugar e um horário, coisa que ela não cumpriu. Bufei, impaciente, me levantando para ir embora. Chega de ser feito de trouxa. Eu nem devia ter vindo aqui para começar. Caminhei até meu carro, mas quando levei a mão até a maçaneta, senti as mãos quentes e finas segurarem a minha.

Dahaki — Ei, Shu, desculpe o atraso! — Ela deu um sorriso sem jeito. Seus cabelos estavam um pouco bagunçados e ela estava ofegante. — É que eu me atrasei 5 minutos e perdi o último ônibus, tive que vir correndo.

Soltei o carro, olhando-a.

Shu — O que você quer?

Dahaki — Agora? Um Subway cairia bem, mas para onde vamos temos que estar de estômago vazio. Você não comeu antes de vir, certo? — Suas mãos soltaram as minhas.

Shu — Não comi nada ainda.

Dahaki — Ótimo. Agora, a pergunta: Shu Kurenai, você gosta de sentir adrenalina? — O brilho em seu olhar me deu uma sensação de insegurança. O que ela estava planejando com isso?

Shu — Uh... eu... acho que sim...

Me arrependi dessa resposta assim que notei seu sorriso de orelha à orelha, o brilho em seu olhar indicando algo indecifrável.

Dahaki — Vou te mostrar... meu lugar favorito nesse mundo todo...

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Não acredito que ela me trouxe para um lugar assim. Eu realmente não esperava por isso, esperava por tudo, menos por isso. Os motores dos carros faziam barulho, os pneus gritando quando alguns faziam curvas arriscadas. Nada contra ela gostar de corridas, porém... corridas clandestinas é sacanagem. Tinha gente fumando maconha, mulheres usando roupas grudadas e curtas, a música alta e a rua aparentemente deserta usada somente para esses rachas.

Shu — Não acredito que me trouxe a um lugar assim, no que está pensando? — A loira não me respondeu realmente, apenas sorriu.

Dahaki — Bota fé e vem com a mãe. — Dito isso, ela me arrastou até um carro, uma Ferrari branca. — Essa daqui combina com seu cabelo. — Riu.

Stefan — Interessada, mocinha? — Vi um sorriso diabólico se formando nos lábios de Dahaki.

Dahaki — Pode apostar que estou.

Stefan — Então, apostemos. Qual é seu carro? — Ela aponta para o MEU carro e os olhos do homem brilham. — Fechado, vou dizer ao locutor.

Shu — O que você está fazendo?

Dahaki — Apostando o seu carro.

Shu — Enlouqueceu, garota? Apostar no meu carro, ele...

Dahaki — Se ganharmos, pode ficar com a Ferrari pra você e se perdermos eu serei sua escrava até te pagar. Satisfeito ou não é isso que acabei de fazer, mas não se preocupe, eu ganho quase todas. — Ela andou até meu carro, se sentando no banco do motorista e estendendo a mão, querendo que eu lhe entregasse as chaves.

Shu — Quase? Quantas? Precisamos de probabilidades, "quase" nem é um número, e...e...

Dahaki — Shu... as chaves. — Eu ia dizer não, eu quase disse não, mas por qual maldito motivo vacilei quando encarei aqueles grandes e malditos olhos verdes brilhantes? Isso não é justo. — Bom garoto! Entra no carro, Kurenai, pois te levarei à uma viagem só de ida ao inferno. — O sorrisinho dela estava tão inocente que senti o medo me aflorar, ainda mais com essas palavras nada inocentes.