22

199 15 3
                                    

Aproximadamente uma e quarenta e cinco da manhã, Martin desceu do palco do clube, alegando que estava faminto. O suor ainda escorria de sua testa depois de horas em pé dando tudo de si no palco. Os outros, igualmente cansados, mas eufóricos, concordaram rapidamente em sair do clube para encontrar algo para comer.

Daniel, visivelmente mais bêbado do que os outros, liderou a saída. "Vamos achar algo pra comer!", anunciou, enquanto cambaleava levemente, a mão firmemente segurando a garrafa de cerveja pela metade. Vienna, sempre a voz da razão, tentou intervir.

"Daniel, talvez devêssemos pegar um táxi...", sugeriu, mas Daniel já estava puxando todos pela rua, a energia e o álcool tornando-o implacável.

Depois de andar por dois quarteirões, Daniel, agora mais animado, colocou suas duas mãos em volta da boca, formando uma concha, e começou a gritar. "KIKIKI RAAAA." Sua voz ecoou pelas ruas desertas, acordando talvez alguns pássaros adormecidos.

Os outros integrantes do grupo se curvavam de tanto rir da cena, o álcool sempre deixa tudo mais engraçado. Max estava quase chorando de rir, segurando o estômago. Vienna, tentando manter alguma compostura, alternava entre repreensões e risadas.

"Daniel, por favor, estamos chamando muita atenção!", dizia ela, mas sua tentativa de ser a voz da razão se perdia em meio ao caos e à diversão do grupo.

"KIKIKI... RA." Daniel liderava o grupo pela rua, seus gritos ficando mais altos e mais ridículos a cada passo. Max, nunca satisfeito em ser apenas um espectador, resolveu responder ao amigo.

"KIKI EI," gritou de volta, a voz trêmula de tanto rir.

"Meu Deus, vocês dividem o único neurônio que possuem", riu Vienna, balançando a cabeça, mas não conseguindo conter seu próprio riso.

Sem avisar, Daniel mudou de direção, conduzindo o grupo para um karaokê aberto, que Vienna e Daniel conheciam bem.

Os seis encararam a fachada do local: não era algo com muito luxo como a balada que estavam, mas não era um lugar mal encarado também.

O lugar tinha algumas pessoas espalhadas na mesa, mas nenhuma se atrevia em tocar no microfone.

Dave, o dono do lugar e um velho amigo do pai de Daniel, que conhecia ele e Vienna muito bem, foi ao encontro do grupo para dar boas vindas. Após dar um abraço no piloto de número 3, Dave encarou as vestimentas do grupo. "Vocês saíram de uma festa e vieram pra cá?" Ele levantou uma sobrancelha.

Daniel riu e deu três tapinhas nas costas do mais velho. "Dave, Dave, Dave... nós somos a festa, meu caro."

Dave riu enquanto mostrava uma mesa para eles e falava que precisava voltar para o bar.

Todos se abancaram em uma mesa e pediram alguns aperitivos. Depois de alguns minutos que estavam no local, os burburinhos começaram. Quando as pessoas que estavam ali presentes perceberam que estavam na companhia de quatro pilotos de Fórmula 1, sendo um deles o herói local, e um DJ mundialmente famoso, começaram a mandar shots de cortesia.

O primeiro a se aproximar do microfone, obviamente, foi Daniel. Não poderia se diferente. O palco era pequeno e tinha uma caixa com fantasias para incrementar a apresentação. Daniel escolheu um chapéu de cowboy, um óculos de sol e um cachecol rosa de penas.

"Pra quem não me conhece eu sou Daniel Ricciardo e eu vou cantar pra vocês agora." A música começou e a salva de palmas encheu o local.

Daniel fez uma apresentação e tanto de Time of our lives do Pitbull. Em seguida, Vienna se juntou a ele e fizeram um dueto de Our song da Taylor Swift. Aplausos e gritos foram ouvidos, principalmente da mesa que se encontrava na frente do mini palco.

SEVEN || Max Verstappen M.VOnde histórias criam vida. Descubra agora