SEVEN || Max Verstappen M.V

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Martin, do outro lado da sala, sorriu sem graça. "Eu só soltei um vídeo. Não achei que ia repercutir assim."

"É que... é que tem muitas coisas minhas e do Max, um muito perto do outro." Ela foi ficando mais ofegante.

Vienna respirou fundo, não estava brava com o amigo, ele não fez por mal. Mas toda essa atenção a apavorava e a fazia tremer da cabeça aos pés e fazia seu corpo suar frio. O que seria dela agora?

Antes que Martin pudesse responder qualquer coisa, Max aproximou-se dela preocupado. "Vi, eu posso soltar uma nota nas minhas contas falando que não é nada do que parece. Me deixa tomar conta disso, eu já estou acostumado." A ideia não o agradava, porque era tudo o que parecia e muito mais, mas não queria ver a brasileira naquele estado.

"Não precisa, Max. Obrigada, mas acho que é melhor não mexer nisso agora." Vienna suspirou alto.

"Olha, Vi" Charles começou a falar mostrando a tela do celular para ela. "As pessoas só estão falando bem de você" ele rolou mais um pouco os comentários. "Bom... a maioria pelo menos."

Vienna pegou o celular do amigo na mão. Começou a rolar os comentários, Charles tinha razão.
"Shippava ela com o Danny, mas ela e o Max são lindos."
"Finalmente algum conteúdo da diva."
"Martin fazendo tudo."
"Meus pais."
"Meu Deus, finalmente conteúdo da minha mãe."
"Ela e o Max compartilham o mesmo neurônio."

Entre vários outros, a minoria não valia pena dar atenção.

"Será que eu posso falar com você, Vi?" Daniel quem a chamou. "A sós" ele completou olhando para os outros meninos.

"Eu não entendo porque..." Charles começou a falar, mas levou um cutucão de Pierre nas suas costelas. "AI! Por que você tá me cutucando?"

Pierre respirou fundo e atendeu ao pedido do amigo, levando Max, Charles e Martin para o andar de cima consigo.

Daniel abraçou a amiga, "não imagino o que você deve estar sentindo, mas se vocês se gostam, uma hora iria acontecer."

"Eu não sei se quero essa exposição, Dan." Vienna afundou o rosto na curva do pescoço do australiano, que a direcionou para a ilha da cozinha para pegar água.

"Eu sei, Vi... sei tudo o que passamos e sei que ainda tem medo. Mas você precisa abrir mão de algo, ou é sua privacidade ou é de Max." Vienna o encarou. "E eu te amei muito, Vi, muito mesmo. Mas não chega nem perto do que aquele loiro azedo sente por você."

Vienna riu e limpou algumas lágrimas teimosas que saíram contra a sua vontade. "Eu também te amei, Danny, e muito, mas com todo respeito, não chega aos pés do que sinto por ele."

Max, que já não se aguentava no andar de cima, desceu as escadas sob protesto dos amigos.

Daniel sorriu e deu um passo para trás. "Vou deixar vocês dois sozinhos. Conversem."

Max se aproximou de Vienna, que ainda estava um pouco tensa. "Está tudo bem, Vi?"

Ela assentiu, olhando para ele com um sorriso suave. "Sim, está. Só precisamos conversar sobre algumas coisas."

Max sentou-se na cadeira da bancada junto com a brasileira, segurou a mão dela, olhando-a nos olhos. "Claro."

Vienna respirou fundo e começou. "Em 2018 eu e o Dan tivemos uma coisa... sendo bem sincera, não sei o que era. Foi tudo muito intenso e muito lindo, Max. Eu mentiria pra você se falasse o contrário. Mas por conta das corridas, passávamos pouco tempo juntos, era uma semana juntos para um mês separados, e isso era muito difícil suportar."

Ela riu sem humor antes de continuar. "O Dan começou a me pedir para eu acompanhar ele nas corridas, para eu deixar tudo pra trás e ir com ele, que eu começasse a trabalhar com ele... mas não tinha como eu largar a faculdade no segundo ano, no meio de um intercâmbio e era impossível ele parar de correr."