Capítulo 8

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Eu andava tranquilamente pelo corredor pois havia despistado eles, e aos poucos começava a ficar claro pelas cores das decorações.

Porém, não havia tomado nenhum susto, nem de bonecos ou armadilhas. Como se aquele lugar estivesse inativado, era estranho.

Será que a placa escrito para não entrar era verdadeira?

Minha pergunta é respondida quando avisto Ghostface, o personagem. Ele estava sentado, apenas me olhando.

Eu não sabia se ele era um boneco ou de fato um homem. Fico parada esperando algum sinal, passa mais de um minuto e ele não se move.

-Você é humano? -pergunto me aproximando mas ele continua imóvel.

Cutuco o ombro e nada.

-Então é um boneco... Vamos tirar uma foto. Sempre tive uma queda por você. -falo me sentando no colo dele.

Pego meu celular e tiro foto beijando a máscara.

Quando eu ia me levantar, as mãos seguram minha cintura e me forçam a ficar.

Meu coração palpita, eu gelo. Era o personagem?

-Então tem uma queda por mim? -a voz grave que eu conhecia de algum lugar fala.

Sinto minhas bochechas pegarem fogo. Estava no colo daquele homem que eu havia declarado sentir atração.

-Não, não tenho. Eu tinha na adolescência. -falo

-Tinha? Será mesmo? -ele pergunta enquanto acaricia lentamente minha bochecha.

-E você? vai ficar parado aí igual um boneco ou vai correr atrás de mim? -pergunto me levantando do colo dele e correndo.

-Meu jeito de brincar é diferente dos outros funcionários. -ele grita ao longe para eu escutar.

-Diferente tipo? -pergunto gritando de longe.

-Se eu te pegar... -ele fala enquanto se levanta e caminha até mim- a gente brinca do meu jeito.

-Boa sorte. -grito e me escondo.

Me escondi atrás de uma placa gigante. Fiquei aguardando em silêncio, não escutava nenhum passo sequer do homem.

Era fato que eu me sentia atraída por ele, mesmo não sendo mais adolescente, mas não iria admitir, era vergonhoso.

Ou só talvez eu ainda tenha parte daquela adolescente dentro de mim, que tem esse desejo estranhamente vivo.

Sinto minha boca ser tapada por uma mão gelada coberta por um fino tecido.

Me assusto, meu coração acelera e meu instinto é gritar, mas sai abafado.

Em seguida sinto um corpo ficar muito perto de mim, um corpo grande a minha frente.

Olho e era o homem fantasiado de ghostface, ele fazia o sinal de silêncio com o indicador em frente a boca.

Estávamos perto demais, talvez tão perto que meu peito subia e descia.

-Eu juro que escutei gritos vindo daqui. -a voz de outra pessoa fala ao longe.

Haviam me achado? Eu não queria que mais personagens viessem atrás de mim com serras elétricas e facas.

Eu dou conta desse e depois caio fora. Mais fácil.

-Fica quietinha, se não vão te achar. -ele cochicha.

Eu só concordo com a cabeça enquanto meus olhos miram pra cima devido a altura do homem.

A mão dele ainda tapava minha boca, e por algum motivo isso já estava virando minha cabeça.

Ele tira a luva da mão e guarda no bolso.

Porque ele se escondeu junto? Não seria lógico ele mostrar onde eu estou para que os demais me achem e eles ganhem a brincadeira?

De qualquer forma, eu que não iria revelar que estávamos aqui. Não quero vários personagens atrás de mim, não mesmo.

Apenas fico ali, parada igual uma estátua com a boca tapada.

A outra mão do homem acaricia meu cabelo, arrumando ele delicadamente.

Esse toque me deixou com vergonha e intimidada, mas não vou negar que eu gostei.

Eu não tirava os olhos dele, mesmo não vendo claramente, eu continuava observando.

-Vamos olhar lá no fundo. -as vozes ao longe dizem se aproximando.

Sinto a mão do mascarado deslizar pela minha cintura e apertar forte, me fazendo ficar fraca e suspirar.

Pude jurar que escutei uma risadinha fraca dele, se divertindo com minha situação.

Suas mãos depois continuam a descer, até que ele se curva a minha altura e os dedos vão até a minha coxa.

Ele põe a mão debaixo da minha saia e vai em direção a minha calcinha, só passando a mão por ali.

Ele pousa a mão por um tempo em cima do tecido, e aposto que sentiu a umidade.

Honestamente já me sentia molhada, e minhas pernas fraquejam. Queria logo que ele fizesse o que iria fazer.

Seus dedos passam pela calcinha e entram na minha boceta, ele começa a massagear meu clitóris.

E nessa hora, um gemido fino é abafado, faço força para fechar minhas pernas e me seguro nos ombros do homem.

-Já falei que são os gatos do telhado cara! -a voz ao longe fala.

Eu continuava a reprimir os gemidos, apenar de ter saído um.

Um dedo seu me penetra e eu me encosto na parede enquanto ele segurava minhas pernas para não se fecharem.

Seus movimentos com o dedo dentro de mim aumentam, rápido, de um jeito que ele soubesse onde dedilhar no meu interior.

Era um só dedo e eu tava assim?

Estava quase sentindo que iria gozar, mas ele para e tira o dedo de mim.

-Vamos embora. -a voz ao longe diz e eu escuto os passos desaparecerem.

Me recomponho e ajeito minha roupa, eu estava ofegante.

-É apertado. -ele diz.

-Que? -pergunto tentando descobrir ao que ele se refere.

-Esse espaço que nos escondemos. -ele diz- Mas que perguntou, você também é.

Meus olhos desviam a conversa e eu finjo que aquilo nem me atingiu.

Eu saio de onde eu estava escondida e começo a correr antes que ele me segurasse.

Tunel Do Medo - ghostface Onde histórias criam vida. Descubra agora