Tunel Do Medo - ghostface

Capítulo 1

-Mãe, relaxa! Vai dar tudo certo, já estamos a caminho. -Falo ao telefone.

-Filha, se cuida nessa viagem. Qualquer coisa me liga, amo você Sarah! Aproveitem, beijos.

-Beijos, amo você Mãe! -desligo o telefone.

Eu estava no banco ao lado do motorista, curtindo o vento que balançava meus cabelos castanhos iluminados pelo sol.

Minha melhor amiga me acompanhava, estavamos viajando para outra cidade, indo passar o último dia de Halloween. Pretendíamos aproveitar ao máximo na cidade que tem as principais atrações e até parques temático.

-Eu vou pegar tanto homem e mulher Sarah... -minha amiga Julie diz e eu começo a rir.

-Você vai passar o rodo, Ju. Tenho certeza.

A viagem era longa, planejavamos ficar na casa vazia dos tios de Julie, para passarmos lá até o halloween acabar.

Depois de algumas horas, eu e Ju chegamos e descarregamos as malas. A casa era antiga, mas bem preservada. Estava quase de noite, e uma neblina circundava o jardim.

-Parece até que o própria previsão do tempo combina de se unir com a data. -Ju diz e eu dou risada.

-Tem luz pelo menos. -falo ligando e desligando o interruptor da cozinha.

-Liga a TV. -Julie diz e eu ligo.

-Olha! Não é o jornal falando dessa cidade? -pergunto apontando para a TV.

-É sim. Aumenta o volume! -Julie diz e eu aumento.

-Boa noite moradores! Estamos interrompendo a programação normal para um aviso importante. Como todos sabem, é halloween! Porém, a polícia está procurando um homem, o assassino está de ghostface. Usa túnica preta e uma máscara. Se o verem, corram e liguem para a polícia imediatamente. Permaneçam seguros, e voltem para casa antes do toque de recolher!

-Puta merda Sarah... deveríamos ficar em casa? -Julie questiona.

-Amiga, calma. A polícia já está procurando o criminoso. Não viajamos quilômetros para voltar pra casa sem nem termos turistado.

-Tá bem...Vou dormir, estou exausta. -Julie diz indo para o quarto.

Permaneço na sala de estar sozinha, e aproveito para telefonar a minha mãe, que está preocupada.

-Filha... Se cuidem, ande com spray de pimenta que a mãe te deu. -ela fala.

-Tá sempre na bolsa mãe. Não se preocupa, os polícias já estão procurando, tudo vai se resolver. Agora descanse que eu aposto que você já roeu todas unhas de nervosismo. Beijos mãe.

Desligo o telefone e olho em meu relógio de pulso, era tarde da noite.

Preparo um chá para beber enquanto o sono não chegava. Até que o telefone da cozinha toca, o que era estranho já que Julie havia dito que pela casa ser antiga, os telefones não funcionavam.

-Boa noite vizinha. -A voz masculina falava.

-Boa noite... vizinho? -respondo com receio.

-Normalmente não vemos ninguém nesta casa, no meu bairro...

-Seu bairro? Bom, de qualquer forma, obrigada. Apenas vamos passar o último dia de Halloween aqui e você terá seu bairro de volta.-Falo ironicamente.

-Ah é mesmo, vai devolver? Eu também adoro essa data -a voz masculina solta uma leve risada- Doçuras ou travessuras?

-Por hoje doçuras. Travessuras só amanhã. -Falo rindo.

-Então abra sua porta, Sarah. Deixei doces para você.

Meu coração palpita. Como ele sabia meu nome? Minha respiração fica rápida, e sinto meu peito subir e descer.

-Assim não... Não tenha medo, não vou fazer nada com você, afinal escolheu doçura. -ele fala- Abra a porta, confie.

Abro a porta e uma cesta com doces está no chão, em cima do tapete. Pego e tranco rapidamente a fechadura.

-Obrigada... -digo temorosa- Mas como sabe meu nome?

-Está assustada? Só sei seu nome pois escutei sua amiga lhe chamar quando chegaram. Boa noite Sarah, espero que o chocolate harmonize com o seu chá. -e o telefone desliga.

Era estranho isso, eu estava assustada ao mesmo tempo que havia gostado da gentileza do meu vizinho. Se ele quisesse me fazer mal já teria feito, certo?

Resolvo provar os chocolates, e de fato combinou com o meu chá de hortelã.

Tranco todas as portas e vou dormir com Julie.