Gustavo
-Lorena?
-Lorena?
- Eu vou te matar vadia! – Gustavo grita fervendo em raiva e sem pensar uma vez, ele vai para cima de Lorena com intenção de matar.
Socorro! – Lorena grita olhando em direção a todos pois sabia que se ninguém fizesse nada, Gustavo iria matá-la.
-Gustavo não faz isso! – Lucy grita tentando parar seu filho mas infelizmente ela sabe que não vai adiantar, então ela pede para Henrique e Matheus o segurarem.
- ME LARGUEM AGORA! EU VOU ARRANCAR A CARA DELA! ME LARGUEEEM! – Acho que eu não preciso de descrever a cena mas imagine o cão do inferno com raiva, e você verá a expressão do Gustavo.
- Gustavo? – Gabriel chama seu irmão com lágrimas nos olhos, pois estava com medo dele.
Gustavo olha para seu irmão e percebe o que estava fazendo - Ga- Gabriel?! Ah não! o que eu estou fazendo? – Gustavo se pergunta enquanto, sentia seus braços sendo gradualmente soltos. – Me desculpa bebê. – Ele diz para seu irmão tentando o acalmar.
-Vamos fechar os olhos dela, amarrar e levar pra casa. – Gustavo diz depois de se acalmar.
Mas nós não devemos fazer as perguntas pra ela primeiro? – Carlos questiona Gustavo.
- Não vai adiantar, essa aí é mais falsa que uma nota de três. – Gustavo responde enquanto olha Lorena de cima a baixo.
Quando eles terminam de amarrar Lorena, Gustavo diz com um tom de deboche que será um prazer puxar essa garota igual a um animal. Lorena se sentia humilhada mas sabia que de uma certa forma merecia ser tratada daquela forma por Gustavo.
- Gustavo! Eu sei que eu te fiz passar por muita coisa ruim, eu sei que você sofreu muito por causa de mim mas eu te peço desculpas por tudo que eu te fiz. – Lágrimas descem por seu rosto, mostrando que Lorena estava realmente arrependida de tudo que fez Gustavo passar.
- Cala a boca sua pobre inútil! Não está escutando os grunhidos ao nosso redor? Tem vários mortos na beirada do rio só que eles não nos viram ainda mas se você continuar resmungando igual a uma gazela sendo devorada, eu te jogo pra eles. – Gustavo diz com um tom de voz baixo.
Lorena se cala e todos seguem o caminho de casa, mas um pouco antes de chegar, eles tem que passar pelo curral, para poder evitar a estrada de fora da cerca. Gustavo sempre odiou aquele lugar ainda mais quando Júlio estava por perto mas isso é estória pra outro capítulo.
Três minutos depois 🕝
Já ordenhou as vacas Júlio? – Matheus pergunta para poder saber se o primata ainda precisa de ajuda. Ele responde que já mas precisa de ajuda pra levar a lata que estava pela metade.
Mas antes deles irem pra casa Júlio pergunta quem a garota que está amarrada. Lucy responde que é uma ninguém que chegou com a enchente.
Em seguida todos seguem o caminho de casa, quando chegam, Laura e Marina estavam preparando a comida do dia. Uma sopa de mandioca com as últimas raízes que eles haviam colhido.
- Que cheiro bom. – Gabriel diz enquanto sobe uma pequena escada de três degraus pra chegar na cozinha do fogão de lenha.
- Que bom, que você gostou do cheiro! Quer experimentar? – Laura pergunta para Gabriel com um sorriso no rosto, orgulhosa de si mesma já que ela havia preparado a sopa. Gabriel responde que quer e pede para Laura servir o prato dele.
Enquanto Laura estava servindo o prato de Gabriel, Marina pergunta onde estão os outros e ele responde que ficaram na varanda conversando com a menina nova. As duas se olham, trancam a porta, Laura entrega o prato de Gabriel e diz pra ele ficar quietinho na cozinha.
Quando as duas vão passando pela sala de estar, dão de cara com Júlio.
- Oi meninas!
- Oi senhor Júlio! – As duas respondem ao mesmo tempo e Laura complementa – Tem sopa no fogão de lenha!
As duas pareciam crianças de cidade pequena quando veem um helicóptero passando, digamos que suas curiosidades ultrapassaram a maturidade.
- Você quer mesmo que eu te acolha na minha casa depois de tudo que você fez? Você só pediu desculpa porquê não tem escolha. – Gustavo pergunta sem esperar respostas.
- Gustavo deixa ela falar – Lucy diz tentando dar uma chance para Lorena se defender. -Ok vamos deixar assa Ratazana falar. – Gustavo encara Lorena com uma expressão de nojo.
- Eu sei que o que eu fiz com você, não tem perdão mais eu mudei. Se você quiser eu posso me deitar com você – Lorena tenta aveludar sua voz para “seduzir” Gustavo.
Todos ficam perplexos com o que acabaram de ouvir, principalmente Gustavo já que isso foi diretamente pra ele.
- Como é que pode?! Até mesmo depois do mundo morrer, você ainda é uma vadia.
-Me entrega a arma Carlos! – Gustavo pede com um tom enfurecido, enquanto estende a mão em direção a Carlos.
- Lucy me ajuda aqui. – Carlos fala devagar enquanto se afasta de Gustavo.
- Me entrega essa droga agora ou eu arranco a sua mão junto!!
-Gustavo para com isso agora!! – Lucy da uma ordem, não dando escolha para Gustavo a não ser se acalmar.
Ele respira fundo e diz para si mesmo:
- Já passou, fique calmo.
- Eu vou te fazer perguntas e preciso que você seja sincera comigo. – ele encara Lorena com seriedade.
-Quantos walkers você já matou?
Lorena tenta se lembrar e responder sem muito texto: - Uns vinte deles, eu acho.
- Quantas pessoas você já matou?
Ela olha no fundo do olho de Gustavo e diz: - Nem uma pessoa.
- Por que?
Ela responde com muita certeza: - Depois que minha família se foi, acho que eu não encontrei outra pessoa viva.
Gustavo pensa um pouco, olha para sua mãe e seus amigos, todos entram em um acordo.
-Você pode ficar. Mas aqui dentro de casa você vai ficar com as mãos amarradas o tempo todo – Henrique tenta explicar. Quando Lorena escuta essas palavras saindo da boca de Henrique, seus olhos se enchem de lágrimas de alegria e ela o abraça como se ele tivesse tomado a decisão sozinho.
- Obrigado a todos vocês por me deixarem ficar! – Lorena olha para todos muito agradecida e pergunta – Gente onde eu devo ficar?
- Por mim você ficaria na vala de onde saiu mas... – Gustavo ri da cara de Lorena.
- Você pode vir comigo pra dentro mas tira as botas. – Lucy da a instrução e entra com Lorena. Ela segue Lucy e as duas vão dar a volta pela porta da cozinha.
- Carlos você pode me ajudar com os walkers que chegaram com a enchente? Vai ser fácil, é só a gente chamar eles pra perto da cerca de rio. – Gustavo pede, enquanto ignorar a existência de Henrique e Matheus.
- Sabe que a gente tá aqui também né?! – Matheus pergunta esperando ser convidado para ajudar Gustavo.
- Saber eu até sei mas eu preciso que vocês eliminem os que estão na estrada. Se tiver algum igual aquele de mais cedo, apenas corram pra casa. E na ida e na volta fechem os portões.
Henrique e Matheus acenam mostrando que haviam entendido, em seguida os quatro vão para onde tinham que ir.
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Criação do meu Apocalipse
Ciencia FicciónGustavo, um adolescente de 17 anos, vivia tranquilamente com sua família em sua casa. Até que um dia surge no noticiário um alerta inesperado. O mundo havia sido contaminado por um vírus desconhecido, capaz de infectar a todos, esse vírus reanimava...