A horda se aproxima dos dois mas tem algo de errado, eles não andam assim, parece que estão sendo guiados. Gustavo percebeu isso e disse:
-Tem pessoas guiando eles, como um rebanho.
-Como assim? Tem pessoas guiando eles? - Carlos pergunta e um desespero interno surge.
-Analise o jeito que ele se movem. Eu identifiquei um deles mas não posso atacar, sei que tem mais de um. - Gustavo sussurra para Carlos enquanto mantém seus olhos fixos na manada e busca seu taco de prego nas costas.
-Ma...Mas o que a gente faz? - Carlos pergunta com a voz trêmula, enquanto busca suas facas na cintura.
-Foque nas mãos deles, podem estar segurando armas. Se conseguir identificar um vivo... MATE! - Gustavo diz enquanto continua analisando a manada com o olhar cauteloso.
Carlos se acalma, seu foco vai para a horda, pernas firmes, armas empunhadas, respiração calma e contínua... ATACAR!
Lâminas reluzentes em direção aos dois, crânios perfurados, a manada foi ficando ainda maior, parecia que mais mortos estavam sendo levados pra perto.
-Gustavo... - Carlos o chama e mostra a nova horda se aproximando, isso não dava outra opção para Gustavo e Carlos a não ser recuar.
- Eh, eu vi, vamos ter que tomar uma rota de fuga. - Gustavo diz enquanto quebra o crânio de dois mortos ao mesmo tempo.
-Mas como você pretende fazer isso? Caso não tenha visto, nós estamos cercados por uma horda que está aumentando cada vez mais.
-Se não tem uma rota de fuga eu crio uma. Consegue segurar eles por vinte e sete segundos? - A expressão de Gustavo estava diferente, parecia ter uma ótima ideia.
Não havia muito o que Carlos poderia fazer então ele diz que iria tentar mas antes que eles pudessem tomar distância um do outro, um dos inimigos que estavam entre os mortos, acerta um corte de raspão no braço de Carlos.Antes que ele pudesse se camuflar novamente, Gustavo puxa sua mão para perto dele. Ele tinha duas opções e deveria escolher rápido, entre matar ou prender o inimigo, no momento Gustavo pensou que se os mortos sentissem o cheiro de sangue, ele e Carlos teriam tempo para fugir. Com um movimento rápido, Gustavo corta a garganta do inimigo.
O cheiro forte de sangue fez com que os mortos esquecessem dos dois por um tempo, dando a brecha que eles precisavam para fugir. Gustavo se vira para trás, pega no pulso de Carlos e o puxa para longe da manada, Carlos olha para trás e vê seu inimigo sendo comido vivo, gritando por ajuda mas no meio dos podres um deles permanecia parado olhando fixamente na direção dos dois.
Um tempo depois da fuga, os dois chegam na casa onde iriam ficar, Gustavo pega uma chave em seu bolço e abre a porta, Carlos pergunta o motivo dele ter a chave e Gustavo responde:
-Como eu não teria? Fui eu mesmo quem fechou. Afinal essa é a casa da minha avó.
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Criação do meu Apocalipse
Ciencia FicciónGustavo, um adolescente de 17 anos, vivia tranquilamente com sua família em sua casa. Até que um dia surge no noticiário um alerta inesperado. O mundo havia sido contaminado por um vírus desconhecido, capaz de infectar a todos, esse vírus reanimava...