Com amor, Seungmin | 3IN

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Quando voltamos para casa, não demorou muito para os Yang decidirem ir embora, já que estava tarde. Foi difícil me fazer desgrudar de ChaeHun — sempre fomos apegados demais —, mas prometemos nos encontrar em breve. E enquanto a Jeongin… um breve abraço bastou para passarmos despercebidos pelos outros.

Não  foi tão ruim assim. Em um grande resumo, sábado foi um bom dia e domingo também, apesar de pacato.

Segunda estava sendo do mesmo jeito, mas pelo menos eu vim ao mercado com a minha família. Não sei se sou o único que pensa assim, mas acho divertido esses programas em família, independente de ser em um supermercado.

— Bem! — chamo a atenção dos meus irmãos, pegando um carrinho encostado numa fileira. — Podemos pegar o que quisermos, mas lembrem-se de não pegar nada muito caro! Não vamos extorquir a mamãe neste mês.

Certo, essa é a parte chata de ser o mais responsável entre os meus irmãos: eu sou obrigado a cuidar de tudo. Enquanto nossa mãe foi para um lado do mercado, nós fomos para outro e eu fiquei responsável por outra metade das compras e de supervisionar meus irmãos. É muito irritante.

— Relaxa. — Naomi dá dois tapinhas em meu ombro, se afastando para andar na frente. — Não somos consumidores excessivos.

— Imagina se fossem…

— Não somos! — ri. — Posso pegar uma caixa de chocolate?

— Você pode pegar o que quiser, por tanto que não seja caro.

— Ótimo, então vou pegar umas três caixas de bis! — Jisung fala animado.

— Eu não disse que você podia pegar o que quisesse, Jisung — disse a Naomi.

Ele me olhou incrédulo e eu apenas sorrio. Todo mundo tem seu irmão preferido, incluindo eu.

Enfim, seguimos andando pelo corredor, enquanto eu tentava atropelar Jisung com o carrinho de compras. É um ato infantil, mas nós dois costumávamos brincar assim um com o outro, mesmo com Naomi nos julgando 100% das vezes. Acho que mulheres realmente têm mais maturidade do que homens.

E aliás, a prova disso foi quando passamos por uma seção onde tinha preservativos. Naomi simplesmente ignorou aquilo, mas eu e Jisung dividimos neurônios bem parecidos:

— Será que tem preservativo "tamanho minúsculo"? Acho que as empresas deveriam ter empatia com pessoas como você, né. — Jisung.

— Eu pensei a mesma coisa sobre você, mas aí lembrei que você nem tem com quem usar.

— Nossa, falou o pegador.

— Eu não sou pegador, mas tenho certeza que já fiquei com mais pessoas do que você.

— O Jeongin não conta. — provoca, me fazendo semicerrar os olhos. — O quê?

— Eu nunca fiquei com o Jeongin. — isso soou tão mentiroso que nem eu me levaria a sério. — E eu já namorei mais garotas do que você!

— Eu nunca namorei, por opção.

— Dos outros. — gargalho, vendo nossa irmã segurar a risada; em compensação, ele me olha feio. — Menti?

— Não vou responder. — cruza os braços, emburrado. Sua expressão mudou completamente quando viu algo. — Dezoito reais em uma camisinha? Quem paga tão caro para transar?

Olho na mesma direção que ele, vendo que se tratava de pequenos pacotes de preservativos, não era apenas um. Jisung é muito burro.

— Dezoito reais em mais de uma unidade, asno! Está escrito com todas as letras!