CAP. 07.

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BRIGITTE CONWAY

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BRIGITTE CONWAY.

Começar uma nova rotina após tantos anos vivendo a mesma não era fácil, mas era prazeroso. Eu gostava até da calmaria de ficar em casa, do sossego as vezes, mas nada se depara com a sensação de avaliar e ajudar um paciente, a diagnosticar algum caso, a medicar, da correria em uma intercorrências, esses prazeres eram tão únicos que superava qualquer coisa.

Foi difícil e cansativo os primeiros dias após o meu retorno ao hospital, conciliar trabalho e casa foi puxado mas nada impossível e como sempre consegui dar conta, a única coisa que eu não consegui dar conta além da casa, do trabalho, era do meu casamento. Após aquele embate entre mim e James na cozinha de casa eu estava decidida a termos uma conversa franca sobre nosso casamento e por tudo a limpo, mas para a minha surpresa naquela mesma noite o mesmo não retornou do trabalho e enviou uma mensagem dizendo que tinha ido viajar de última hora para uma reunião em Oklahoma de urgência, lógico que eu sabia que não era reunião coisa alguma e isso só fez a situação entre nós ficar pior.

Desabafei com a Samantha mesmo sabendo que o conselho dela seria o divórcio mas mesmo assim ela me ajudou a clarear um pouco a minha mente em meio a raiva que eu estava sentindo dele e pediu para eu conversar e refletir se realmente era o divórcio que eu queria, pois a mesma não queria ter influência sobre a minha decisão, após a nossa conversa eu passei bons dias repensando sobre o meu casamento e vendo que não havia casamento a muito tempo então a minha decisão estava decidida.

Fazia uma semana que James estava "viajando" então nossas conversas praticamente não existiam mais, mas hoje ele voltaria para casa e iríamos conversar de qualquer forma.

Como todos os dias eu estava novamente no hospital em um quase final de plantão, estava um pouco mais cansada que o normal pois tivemos duas intercorrências graves acontecendo onde eu tive que ajudar, então eu só estava pensando em chegar em casa e dormir.

Doutora...– viro a cadeira para o lado avistando Chiara na entrada do posto de enfermagem.

Oi lindinha...– empurro a cadeira de rodinhas até ela ficando na sua frente e na sua altura. — Está tudo bem? – pergunto.

— Sim... é que eu...– ela abaixa minimamente a cabeça e fica apertando a barra da camisa do pijama que vestia visivelmente sem jeito. — Queria mais um suco...– ela pede baixo.

— É só isso que quer? – ela assente com a cabeça calada. — Eu vou buscar para você, sente-se aqui que eu já volto. – digo me pondo em pé.

Chiara se senta onde eu estava quietinha, eu saio do posto e vou até a copa que ficava no andar onde eu sabia que as meninas da cozinha deixavam suco extra, pego duas caixinhas e levo comigo retornando ao posto. Ao me aproximar encontro ela rodopiando devagar a cadeira, observo a cena e acabo não controlando o sorriso genuíno que brota em mim.

UM AMOR PARA BRIGITTE.Onde histórias criam vida. Descubra agora