CAP. 09

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BRIGITTE CONWAY

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BRIGITTE CONWAY.

Samantha em sua insistência continuou a me questionar a respeito de Maximus fazendo até mesmo perguntas indiscretas que faziam o meu rosto queimar violentamente, somente essa reação minha bastou para ela insistir e prosseguir afirmando que eu sentia algo pelo homem.

— Samantha pelo amor de deus! Ele é PAI da minha paciente, não sinto nada por ele. – respondo séria.

— Será? – ela me olha desconfiada. — Você sabe que eu possuo um dom para descobrir e sentir de quem outra pessoa gosta, e eu estou sentindo que você tem sentimentos por esse homem. – ela afirma.

— Seu dom está bem enferrujado, e esqueceu que eu sou casada? – digo um pouco risonha.

— AINDA é casada. – ela diz séria.

Para o meu alívio a atendente retorna com nosso pedido e põe sobre nossa mesa, agradecemos e passamos a comer em meio a conversas que já não era mais voltada para Maximus Caccini e sim sobre tudo que estava e tinha acontecido no hospital nesses últimos dias. Samantha me atualiza de tudo e alguns acontecimentos eu fico bem chocada e surpresa, terminamos o brunch sem percebermos e ficamos ainda conversando como sempre fizemos.

— Que tal irmos fazer as unhas? Ter um dia só das mulheres hoje? – Samantha propõe entusiasmada.

— Super topo, estou realmente precisando disso. – respondo animada.

Há um bom tempo que eu não tiro um tempo para mim, para me arrumar e eu preciso disso.

— Então só vou ao banheiro rapidinho. – ela diz já se pondo em pé.

— E eu vou pagar a conta...– Samantha me olha com a cara fechada, pronta para debater. — E não adianta discutir, eu convidei eu pago. – digo firme.

Samantha não retruca só segue em direção ao banheiro enquanto eu pego a minha bolsa e vou em direção ao caixa, pago a nossa conta elogiando o estabelecimento e o atendimento e aguardo ela do lado de fora da calçada. Nesse momento eu percebo a aproximação de uma jovem mulher aparentando ter por volta dos 30 anos, cabelos ruivos se aproximar de mim.

— Você é Brigitte Conway? – a desconhecida pergunta séria, seu tom de voz sai até mesmo ríspido.

— Sou eu, porque? – respondo e questiono desconfiada.

— Não vou tomar muito o seu tempo, só quero que entregue isto ao seu marido...– ela estica para mim um envelope branco médio. — E diga a ele que eu o espero na próxima consulta. – diz grossa.

Eu pego o envelope já sentindo o meu peito apertado, a mulher então se afasta rapidamente sem eu conseguir questionar qual consulta ela o aguardava e o porquê. Parada ali bem no meio da calçada, eu abro o envelope com as mãos trêmulas e o medo crescente em mim, quando pego o primeiro papel e eu vejo o que era as lágrimas nublam a minha visão e a decepção esmaga o meu coração.

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⏰ Última atualização: Jul 21 ⏰

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