BRIGITTE CONWAY.
Samantha em sua insistência continuou a me questionar a respeito de Maximus fazendo até mesmo perguntas indiscretas que faziam o meu rosto queimar violentamente, somente essa reação minha bastou para ela insistir e prosseguir afirmando que eu sentia algo pelo homem.
— Samantha pelo amor de deus! Ele é PAI da minha paciente, não sinto nada por ele. – respondo séria.
— Será? – ela me olha desconfiada. — Você sabe que eu possuo um dom para descobrir e sentir de quem outra pessoa gosta, e eu estou sentindo que você tem sentimentos por esse homem. – ela afirma.
— Seu dom está bem enferrujado, e esqueceu que eu sou casada? – digo um pouco risonha.
— AINDA é casada. – ela diz séria.
Para o meu alívio a atendente retorna com nosso pedido e põe sobre nossa mesa, agradecemos e passamos a comer em meio a conversas que já não era mais voltada para Maximus Caccini e sim sobre tudo que estava e tinha acontecido no hospital nesses últimos dias. Samantha me atualiza de tudo e alguns acontecimentos eu fico bem chocada e surpresa, terminamos o brunch sem percebermos e ficamos ainda conversando como sempre fizemos.
— Que tal irmos fazer as unhas? Ter um dia só das mulheres hoje? – Samantha propõe entusiasmada.
— Super topo, estou realmente precisando disso. – respondo animada.
Há um bom tempo que eu não tiro um tempo para mim, para me arrumar e eu preciso disso.
— Então só vou ao banheiro rapidinho. – ela diz já se pondo em pé.
— E eu vou pagar a conta...– Samantha me olha com a cara fechada, pronta para debater. — E não adianta discutir, eu convidei eu pago. – digo firme.
Samantha não retruca só segue em direção ao banheiro enquanto eu pego a minha bolsa e vou em direção ao caixa, pago a nossa conta elogiando o estabelecimento e o atendimento e aguardo ela do lado de fora da calçada. Nesse momento eu percebo a aproximação de uma jovem mulher aparentando ter por volta dos 30 anos, cabelos ruivos se aproximar de mim.
— Você é Brigitte Conway? – a desconhecida pergunta séria, seu tom de voz sai até mesmo ríspido.
— Sou eu, porque? – respondo e questiono desconfiada.
— Não vou tomar muito o seu tempo, só quero que entregue isto ao seu marido...– ela estica para mim um envelope branco médio. — E diga a ele que eu o espero na próxima consulta. – diz grossa.
Eu pego o envelope já sentindo o meu peito apertado, a mulher então se afasta rapidamente sem eu conseguir questionar qual consulta ela o aguardava e o porquê. Parada ali bem no meio da calçada, eu abro o envelope com as mãos trêmulas e o medo crescente em mim, quando pego o primeiro papel e eu vejo o que era as lágrimas nublam a minha visão e a decepção esmaga o meu coração.
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UM AMOR PARA BRIGITTE.
RomanceBrigitte Conway conquistou a vida que sempre almejou e que seus pais sonharam, ao longo de sua vida ela acreditava que era feliz e realizada mas agora no auge dos seus 48 anos a realidade caiu e ela percebeu que a sua tão almejada vida era vazia. In...