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15 DE OUTUBRO DE 2022BRASÍLIA,FAZENDA PIQUET

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15 DE OUTUBRO DE 2022
BRASÍLIA,FAZENDA PIQUET

Já se passava de uma da manhã, Charlotte não conseguia nem sequer fechar os olhos e não pensar na briga que havia visto mais cedo. Aquilo não fazia sentido, não entrava em sua cabeça que dois homens adultos tinham entrado nas vias de fato com a notícia de que estava grávida.

As pessoas costumavam dizer que uma gravidez era o momento de maior felicidade para uma pessoa, porém, a única coisa que permeava a mente da mulher era que tudo estava dando absolutamente errado. Mas aí, Max sorria para ela com o rosto cheio de curativo e, céus, ela sentia como se tudo pudesse se ajeitar e que eles seriam felizes.

— Você só me apronta né?

Ela sussurrou contra o rosto do namorado, tocando sua boca nas têmporas masculinas, o fazendo se mexer em cima da cama. Os fios loiros, um pouco maiores que o costume, faziam volume, cobrindo levemente seus olhos. Fora as bochechas, Max vinha parecendo um pequeno camarãozinho graças ao sol e agora tinha mais uma leva de hematomas. As coisas só melhoravam.

— Você já chegou fazendo alarde né? — ela sussurrou para a própria barriga, se sentindo meio idiota por fazer aquilo — Mas a mamãe vai resolver tudo, eu prometo.

Ela passou a mão pela barriga quase inexistente ainda, os olhos castanhos seguindo até o namorado. E ela não sabia bem como poderia resolver aquilo, mas, de alguma forma, sua mente repetia mais uma vez o nome do irmão de Caroline. Talvez nada daquilo tivesse acontecido se apenas tivesse escolhido conversar com o modelo.

— Por Deus, que ele ainda esteja acordado — Ela pediu aos céus ao se levantar da cama.

Saindo do quarto, deu de cara com a porta da melhor amiga, dando um longo suspiro ao passar pelo pedaço de madeira. Quem sabe precisasse dar um pulinho no colo de Caroline depois que acabasse e ela caminhou até a porta do Nero mais velho, logo batendo na mesma.

— Luca? — Ela chamou pelo homem, o peito acelerado, mesmo que não tenha demorado a ser atendida.

Era confuso de explicar para Charlotte, porque Luca surgiu a sua frente, abrindo a porta com as mãos enfaixadas, um esparadrapo mal arrumado em cima do nariz e seminu. Não que ela nunca tivesse o visto daquela forma, a parte pelada, brigas não faziam o estilo do homem — ao menos era o que pensava antes. E ao mesmo tempo que gostaria de correr para buscar uma caixa de primeiros socorros, o ajudar a se recuperar, gostaria de socar sua cara pela ousadia de tocar em Max.

— Liebe? — Ele sorriu a ela, mesmo parecendo confuso, o apelido anteriormente cativante saindo de seus lábios de maneira chocada — De todas as pessoas que estão nessa casa, a que eu menos esperava ver aqui hoje era você.

𝐋𝐀𝐁𝐘𝐑𝐈𝐍𝐓𝐇 • 𝐂.𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora